O troca troca de comando na Subprefeitura Lapa, que contabilizou o número absurdo de sete subprefeitos em menos de quatro anos de gestão Ricardo Nunes (MDB), está revoltando os lapeanos. No diz que diz das redes sociais e nos encontros comunitários, o assunto ganha destaque, com as pessoas condenando de forma unânime o sistema de nomeação por indicação política e sugerindo que deveria haver eleição para subprefeito ou que o cargo teria de ser preenchido por concurso público.
Isso demonstra claramente que chegou o momento de o poder público mexer nesse vespeiro e rever o formato antidemocrático de loteamento de cargos nas subprefeituras da capital. Como vimos recentemente com a exoneração de Luiz Carlos Smith Pepe, indicado pelo vereador Rubinho Nunes (UNIÃO) para a Sub Lapa, esse modelo, permeado pela troca de favores entre o Executivo e o Legislativo municipal, para um cargo de tamanha relevância como o de subprefeito, não beneficia nem o governo e muito menos a população.
A forte repercussão da demissão forçada de Pepe, quando Rubinho decidiu mudar de lado e retirar seu apoio à candidatura do prefeito à reeleição, sem dúvida representou um desgaste para Ricardo Nunes aqui na região. E para nós, moradores, significou, mais uma vez, a ruptura na rotina administrativa da Sub Lapa, o que, em termos práticos, normalmente significa atraso nos serviços que beneficiam a população, como zeladoria e poda de árvores.
Como cargo de confiança do chefe do Executivo municipal, a indicação de subprefeito deveria ser uma prerrogativa do prefeito, escolhida com independência e liberdade e não como uma forma de atender aos interesses dos vereadores. E isso nós já temos repetido aqui por diversas vezes, sempre que há uma troca de comando na Sub Lapa.
Já para os cargos de primeiro e segundo escalões, como por exemplo o de coordenador de obras, que hoje também são preenchidos por indicação dos vereadores, faz todo o sentido haver concurso público, como sugere a população. Com isso, garantiríamos que profissionais formados e com experiência na área que vão exercer ocupassem essas funções, o que, sem dúvida, reverteria em ganho de eficiência dos serviços prestados pelas subprefeituras.
Caso as regras não mudem, corremos o risco de, mesmo que Ricardo Nunes consiga se reeleger, termos um novo subprefeito já a partir do início de 2025, quando o novo Legislativo municipal toma posse.