Melhor que Moema

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Logo que me mudei para a região, isso há quase 30 anos, lembro que me chamou a atenção uma reportagem no jornal O Estado de S.Paulo afirmando que a Leopoldina estava se transformando na “Nova Moema”. Essa comparação, à época, me surpreendeu, pois ao andar por aqui e também pela região da Vila Romana, o que eu via eram várias áreas abrigando velhos galpões em péssimo estado de conservação e ruas onde o comércio e os serviços apenas começavam a despontar entre os antigos botecos de esquina.

Hoje o cenário é bem outro: em quase três décadas, toda essa área se desenvolveu e aumentou em qualidade de vida, atraindo grandes empreendimentos imobiliários e uma gama de lojas charmosas e sofisticadas, além de restaurantes e de uma infraestrutura completa de serviços. Nitidamente se percebe que a nossa região se transformou, sim. Mas não em uma “Nova Moema”. O que vemos aqui hoje, eu arrisco a dizer, é um bairro ainda melhor do que aquele da Zona Sul da cidade, onde o trânsito é, com certeza, caótico, mas não tanto quanto o das ruas de Moema e (a grande vantagem) não há o barulho ensurdecedor dos aviões pousando a cada cinco minutos no Aeroporto de Congonhas.

A área da Romana e da Leopoldina é menor e mais “compacta” do que a de Moema. Mas aqui também temos ruas que esbanjam charme e colorido, que pulsam com o movimento das pessoas que caminham olhando as vitrines e param para desfrutar de um happy hour em um bom boteco. Entre essas ruas, posso citar a Carlos Weber, a Tripoli, a Brentano, na Leopoldina, e a Coriolano ou a Catão, na Romana.

Toda a nossa região ganhou, hoje, estabelecimentos que ostentam marcas fortes: grifes como Hope, Lupo, Hering, Havaianas; gastronomia sofisticada como a do Peccorino, do Mocotó. Isso sem falar de nomes fortes internacionais, como a Carlo’s Bakery, do chef confeiteiro e empresário Buddy Valastro. Ele, aliás, que esteve na semana passada aqui na Leopoldina, fazendo uma ação de divulgação em sua loja conceito/fábrica, inaugurada recentemente no bairro. “Amamos a Leopoldina”, afirmou Buddy, “pois aqui encontramos o local ideal para expandir nossos negócios em São Paulo”.

E como Buddy Valastro, inúmeros empresários já perceberam o potencial que a nossa região tem. E isso em diversas áreas: da cultura e gastronomia, aos serviços e à economia criativa. E é por isso que, pouco a pouco, os grandes e velhos galpões que marcaram o desenvolvimento da Lapa como polo industrial, estão dando lugar à modernos prédios que abrigam agências de publicidade e empresas cinematográficas. E o melhor de tudo: essa nova infraestrutura coexiste em perfeita harmonia com os grandes ícones da região, como o Mercado da Lapa, o União Fraterna e a CEAGESP.

Cabe a nós, então, desfrutar de tudo isso e colaborar para que, cada vez mais, nossa região se desenvolva de forma sustentável.

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