A crise do mundo vivo

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Gilberto Natalini é ex-vereador por São Paulo, médico e ambientalista

 

Conter os danos ambientais levados ao corpo da Terra e as mais significativas alterações na base ecológica do mundo vivo, todas gestadas pelo avanço dos projetos economicistas predatórios, é, de longe, o desafio mais imediato de nossa civilização moderna. Assim sendo, a certeza que temos agora, diante de um modelo de produção e consumo global que faz a mais severa exploração comercial dos recursos verdes sem ao menos respeitar o tempo de regeneração da natureza, acelerando, portanto, a destruição da sociobiodiversidade e modificando o clima, é que nos encontramos na encruzilhada do aquecimento global.

Nesse caso, olhos postos na emergência climática, resta claro que o colapso ecológico chegou de vez. Dada a pressão sobre a natureza e o clima, pela primeira vez podemos dizer figuradamente que o planeta está em chamas.

Contudo, pela força das evidências, assusta saber que cada uma das últimas quatro décadas, pelos documentos oficiais do IPCC, foi sucessivamente mais quente do que qualquer outra década que a precedeu desde 1850.

Enfim, temos a mais grave crise ecológica instalada no Lar Natural onde habitam todas as espécies vivas. Como procuramos deixar claro, temos um Corpo Planetário (a Casa Comum, a Casa da Vida) gravemente adoecido e maltratado pela economia global que nos guia, e pelo antropocentrismo dominador, a força humana.

 

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