“Temos vários centros de acolhida próximos a escolas”, diz secretária de Assistência Social

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A secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), Eliana Gomes, recebeu, na quarta-feira, 1, os diretores do Colégio Pré-Médico, Gerson Nunes, e do Colégio Adventista da Lapa, Antonio Riscallah, além de representantes de entidades de bairro. O assunto, mais uma vez, foi a abertura de um centro de acolhimento (CTA) em prédio próximo aos dois colégios, que vai atender moradores em situação de rua que atualmente são acolhidos no CTA da Lapa de Baixo e no Atende Leopoldina.

Segundo a secretária, os dois locais, que prestam serviços a mais de 300 pessoas, precisam ser desativados. “O terreno onde se situa o CTA da Lapa de Baixo é área da Cohab destinada a projetos de habitação social e precisa ser devolvido. Já as instalações do Atende são insalubres e estão em um terreno que pertence à Ceagesp”, explicou ela.

Contrários à instalação de um centro de acolhida na esquina das ruas Dom João V e Gago Coutinho, na Lapa, os donos de escola e moradores da região argumentam que isso vai contra o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei Municipal 14.492/2007, que criou as áreas escolares de segurança. “Não somos contra o equipamento, mas o local escolhido não é o mais adequado”, disse Nunes. “Com um grande número de dependentes químicos circulando em área escolar, nossas crianças não estarão em segurança”.

De acordo com Eliana, um estudo de viabilidade foi realizado pela SMADS antes da definição do local. “A secretaria tem mais de 200 equipamentos de acolhimento na cidade e muitos deles estão próximos a escolas. Para garantir a segurança, contamos com o apoio da Guarda Civil Metropolitana”, ressaltou a secretária.

Já Francis Lisboa, coordenador de Projetos Sociais da Associação Comunitária São Mateus, entidade que será responsável pela administração do novo CTA, informou que o processo de instalação do equipamento está em andamento. “Apenas o Ministério Público poderia barrar a abertura do local”, afirmou.

Ao final da reunião, Eliana Gomes recebeu das mãos do diretor do Pré-Médico um abaixo assinado com mais de 10 mil assinaturas. “Vamos analisar o documento”, disse ela.

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