O deputado Estadual (PT) Luiz Claudio Marcolino foi recebido pelo vice-governador e presidente do Conselho Gestor das PPPs (Parceria-Público-Privada), Guilherme Afif Domingos, na quarta-feira, 11, para discutir o processo de PPP para a construção da nova sede do Fórum da Lapa. A construção de fóruns em forma de PPPs foi contestada pelo Ministro Ayres Brito no Conselho Nacional de Justiça, que junto com seus colegas, teme a terceirização do judiciário. Mas Afif afirmou que não existe privatização do Judiciário e que a parceria é uma forma de agilizar a construção de equipamentos que já estão sucateados. “Em 120 dias será feito chamamento e aberta a licitação para as obras dos fóruns (seis no total) que serão através da PPP (entre eles o da Lapa)”. A contrapartida, segundo Afif, será um contrato para que a empresa ganhadora da licitação explore alguns serviços como estacionamento, administração, limpeza e manutenção predial e restaurantes, pelo período de 25 anos. “Depois o Fórum volta para o Estado”. A presidente da Associação dos Advogados da Lapa, Marina Medalha, e o presidente da OAB-Lapa, Pedro Napolitano, acompanharam o encontro. 

Um abaixo-assinado dos moradores da Lapa de Baixo contra o sobrevôo de helicópteros já estava pronto para ser encaminhado aos órgãos da Aeronáutica e Abraphe (Associação Brasileira de Pilotos de Helicópteros), quando o helicóptero modelo Robinson 22 caiu na manhã de quarta-feira, 11, sobre o galpão de uma transportadora, na Rua Carijós (continuação da Avenida Santa Marina), ao lado da linha de trens da CPTM, na região da Lapa. Os dois pilotos da empresa Go Air morreram o local. Nenhum funcionário da transportadora foi atingido, mas o acidente deixou a comunidade ainda mais apreensiva. Moradores da Vila Romana preparam outro abaixo-assinado com a finalidade de afastar as aeronaves de suas casas. Eles reclamam do barulho causado pelos helicópteros, que prejudicam a saúde (auditiva) e o convívio familiar e social além do perigo de queda.
Em nota, a Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe) lamenta o acidente com o helicóptero de instrução Robinson 22 prefixo PT-HOL, que vitimou o instrutor de voo, Mailson Rocha Lopes, 23 anos, e o aluno do curso de Piloto Comercial de Helicóptero (PCH), Denis Frank Thomazi, 32 anos, ambos associados da entidade. O acidente ocorreu durante o trajeto de volta da aula de instrução realizado fora da área urbana. As causas do acidente ainda são desconhecidas e a investigação corre no 4º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o Seripa IV. Para a Abraphe, o acidente foi uma fatalidade. A região da Vila Romana e Lapa de Baixo está abaixo da rota de helicópteros utilizada para acessos como os Aeroportos de Congonhas e Campo de Marte. A Abraphe lembra que o tráfego aéreo no local é permitido e está dentro do mapa de rotas de helicópteros na Capital. 

O Laboratório de Análise de Material de Intendência (LAMI) do Exército Brasileiro fica dentro do quartel do 21º Depósito de Suprimentos, na Vila Anastácio, na Lapa. O comandante, coronel José Maurício Sá Fernandes, revela que o laboratório é acreditado pelo Immetro e o único da América do Sul que analisa material de intendência. “O que nós buscamos é assegurar a qualidade dos materiais que o Exército Brasileiro pretende comprar”, explica o comandante. “Nós apoiamos o Exército como um todo”, acrescenta o militar.
A análise do fardamento, calçados, equipamentos e materiais de alojamento é feita no quartel. Segundo o chefe do laboratório, capitão Leandro Watanabe Oliveira, uma das exigências do Immetro é que o ambiente interno seja totalmente isolado do externo, para que as condições de temperatura e umidade do ar sejam permanentes, como exigem as normas. “Esse laboratório foi construído dentro de um depósito. Ele tem um bolsão de ar para fazer o isolamento e está em cima de sapatas antivibratórias, para que as vibrações das carretas que passam lá fora, não afetem a realização dos ensaios”, explica o capitão.

Processo de testes

Todo o material chega ao laboratório do 21º DSup, após um processo de licitação, que começa pelo comando de Logística do Exército, em Brasília. “As empresas participam de licitações celebradas por diversos órgãos do nosso Exército. Elas assinam contrato e entregam os materiais (amostra) nos Batalhões de Suprimentos do Brasil. No momento que os materiais são entregues, o comandante do quartel estabelece uma comissão, que separa uma amostra do lote e envia para o laboratório (do 21 DSup) fazer o laudo”, revela o coronel Sá.
O chefe do laboratório explica que “a farda, por exemplo, passa por diversos ensaios, como colorimetria, resistência ao rasgamento, solidez a cor. São diversos testes até que os técnicos do laboratório cheguem ao laudo. “Depois, os laudos são interpretados por um setor técnico em Brasília, que decide se o material está dentro dos padrões de qualidade para ser comprado. A ponta fundamental é a qualidade. O que a sociedade espera do Exército, e do 21º Depósito de Suprimento, é que os recursos sejam aplicados da melhor forma possível, e essa é a pauta do nosso trabalho”, conclui o coronel Sá.