Família da calçada está|apta a receber moradia

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Moradores da calçada revalidam cadastro para programa habitacional

A família que mora 13 anos na calçada da Rua Hassib Mofarrej, na Vila Leopoldina, à espera de habitação do programa da Prefeitura (retratada na matéria da última edição do Jornal da Gente), renovou cadastro na Secretaria Municipal de Habitação. Como publicado na edição passada, a agente da (secretaria de) Assistência Social levou dona Cleuza Aparecida de Souza e a família – sua irmã Rosa da Conceição Ribeiro Gonçalves, a filha de Rosa, Luana, e a de Cleuza Giovanna e Rodrigo de Almeida Silva – para levantamento do cadastro na Habitação (secretaria), mas eles chegaram por volta das 15h e o atendimento para a região Centro, que inclui a Leopoldina, já tinha encerrado às 13h. Mesmo assim, a agente fez a renovação do cadastro no terminal de computador do sistema habitacional na recepção do prédio da Avenida São João de onde a família de dona Cleuza retornou para a Leopoldina (com a agente escalada pela Assistência Social).

Em nota, a Secretaria Municipal de Habitação informa que os cadastros da família de dona Cleuza estão aptos a serem contemplados com uma unidade habitacional. Hoje são mais de 130 mil cadastros atualizados no sistema da Secretaria Municipal de Habitação além de outras 30 mil famílias que recebem auxílio aluguel e também devem ser contempladas com moradia popular. Segundo a Habitação, eles deverão manter suas fichas atualizadas anualmente ou por ocasião de qualquer alteração nas informações declaradas. “Eu nem sabia que precisava atualizar o cadastro todo ano”, disse dona Cleuza.

Família de Orlando Villas Bôas quer tirar nome de parque

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Como se não bastasse o fechamento (por determinação judicial), o Parque Orlando Villas Bôas também está sem administradora. Fernanda Cristina Silva Campos Luiz foi exonerada do cargo na sexta-feira, 27, após mais de 5 anos à frente da administração do parque. Agora Noel Villas Bôas, filho do indigenista brasileiro Orlando Villas Bôas que dá nome ao parque, disse que é inaceitável a criação de um parque que não se desenrola (pela Prefeitura). Noel se refere tanto a descontaminação da área municipal da antiga ex-usina de compostagem de lixo, lugar original do parque determinado por Lei, que aguarda remediação do solo,  quanto da definição sobre a area da Sabesp onde está o parque (fechado em 9 de março), com um termo provisório de uso entre a Sabesp e a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. Quando foi aberta a área de lazer, a Prefeitura tinha projetos de comprar o terreno da Sabesp e, com a liberação futura do terreno da ex-usina, fazer um parque maior ou manter os dois parques. O Decreto de Utilidade Pública venceu em julho de 2014 e o termo de permissão de uso em 28 de fevereiro deste ano. Acabou prorrogado até agosto, sem definição sobre a aquisição da area (junto à Sabesp) e posse pela Prefeitura.

Para o filho de Orlando, o nome do pai em area com tantos problemas, é um desrespeito pelo que ele representa. “Fica uma dívida de gratidão com todas as pessoas que lutaram pelo parque e por dar a ele o nome do meu pai, mas a gente vai encaminhar um pedido oficial para a Secretaria do Verde para retirar o nome dele do parque”, afirma Noel. “O Ministério Público pede o fechamento e agora fica sem administrador, isso não homenageia Orlando Villas Bôas”, conclui Noel. 

Perfil
Orlando Villas Bôas foi um sertanista brasileiro que decidiu trocar a vida na cidade pela realidade da selva, para resgatar a cultura dos povos indígenas brasileiros, principalmente, das tribos xinguanas, ao lado de seus irmãos, Cláudio e Leonardo. Eles participaram da expedição Roncador-Xingu, criada pelo governo federal (1943), para desbravar áreas desconhecidas do Centro-Oeste e da Amazônia. Sua experiência com os índios levou-o a propor a criação de um parque indígena, para tribos ameaçadas de expulsão de suas terras. Em 1961 foi criado o Parque Nacional do Xingu (MT), do qual o sertanista foi o primeiro presidente (1961-1967). Casou-se com Marina, enfermeira do Parque e teve dois filhos, Orlando e Noel. Orlando Villas Bôas faleceu em dezembro de 2002. Morava no Alto da Lapa, onde vive sua família até hoje. 

Análise de área do parque será concluída em outubro

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Parque Orlando Villas Bôas permanece fechado até que o solo seja analisado

Se depender da análise de solo contratada pela Sabesp, a reabertura dos portões do Parque Municipal Orlando Villas Bôas, fechado pela Justiça, vai demorar. A companhia lembra que a área onde está localizado o Parque era utilizada como área esportiva e de lazer. 

A área foi decretada como sendo de utilidade pública e cedida à Prefeitura, em janeiro de 2011, para implantação do parque. Segundo a Sabesp, em seu decreto de criação (nº 52.083/11), o artigo 3º impõe ao Departamento de Parques e Áreas Verdes, da Prefeitura de São Paulo, a elaboração de um plano de manejo, incluindo o diagnóstico ambiental e a execução de programas de ação no referido parque. Atendendo a uma solicitação da Cetesb, a Sabesp informa que tomou as providências para a realização de avaliação ambiental da área, mediante processo de licitação e contratação, no início deste ano, de uma empresa especializada. A análise deve ser concluída até outubro de 2015.

O parque foi fechado (em 9 de março) por determinação de uma liminar da Justiça à pedido do Ministério Público Estadual. Segundo o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Rodrigo Meirelles, o juiz decidiu fechar pela falta de informações da Sabesp (dona do terreno) sobre a análise ambiental. O parque fica ao lado da área onde ficam os tanques desativados que eram usados para tratamento químico de esgoto. De acordo com o promotor, seu antecessor (Dr. Lutti) pediu o fechamento porque durante a implantação algumas pessoas, que tiveram contato com o solo, passaram mal. A Secretaria Municipal do Verde e Meio ambiente informou que vai recorrer da liminar que pediu o fechamento do parque. O órgão foi questionado sobre o recurso, mas até o fechamento da edição, não retornou.

Viva Leopoldina busca apoio para manter vigilância

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Diretoria de associação faz reunião em busca de novas adesões

Os diretores da Associação Viva Leopoldina reuniram moradores de condomínios do bairro, empresários e interessados em aderir a entidade. O objetivo da reunião foi apresentar os resultados e a conta da vigilância patrimonial (carros que são mantidos nas ruas) que chega a R$ 48 mil. A Viva Leopoldina já tem em caixa mais da metade do valor e busca novas adesão para manter o serviço de vigilância nas ruas. “O foco da associação é manter a ordem para que cada pessoa se sinta segura para caminhar até o ponto de ônibus ou até a padaria”, explicou Carlos Alexandre. Segundo ele, a entidade está desenvolvendo um projeto para inclusão de moradores de rua. Outra preocupação é ajudar a família de dona Cleuza e dona Rosa, que moram na calçada da Rua Hassib Mofarrej, a conseguir uma moradia. “Ninguém é contra moradores de rua, como alguns falam. Não existe nada de elitista, a ideia é apenas ter um bairro mais seguro”.

O morador do condomínio Vila Nova Leopoldina II e empresário Antonino Martins de Oliveira aprova a vigilância contratada pela associação. Ele não paga condução porque é idoso. Antonino abandonou o carro em casa e com isso também economiza o dinheiro do estacionamento e do combustível. “Estou pagando R$ 65,00 a mais no meu condomínio, mas estou economizando R$ 500 por mês. Não tenho mais medo de andar pela Rua Froben, pego ônibus e em 10 minutos estou na Rua Gomes Freire, caminho duas quadras e chego na (Rua) Doze (onde trabalho)”, disse Antonino na reunião. “Ainda sobra dinheiro para uma bela pizza”, brincou o morador.

Para sindicalista, Ceagesp não precisa mudar

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Após assinatua de convênio serão feitos estudos iniciais sobre mudança da Ceagesp

A Prefeitura de São Paulo e o Governo Federal estudam uma parceria para transferência da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), da Vila Leopoldina para outro local. O prefeito Fernando Haddad afirmou esta semana que o terreno de 700 mil metros quadrados, onde está o entreposto, poderá receber ação de desenvolvimento urbano, com criação de bairro de uso misto. “A Ceagesp está estudando para onde vai mudar e nós o que fazer com o terreno. Com aquela infraestrutura, temos um caminho incrível de desenvolvimento urbano que destravaria o processo de ocupação da Marginal Tietê em novos moldes”, afirmou Haddad.

Está prevista a assinatura um acordo de cooperação entre a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e Haddad para a realização de um estudo de viabilidade técnica para encontrar uma nova área para mudança da Ceagesp da Leopoldina. Segundo Haddad, em estudos realizados pela Prefeitura, a Ceagesp foi considerada o maior entrave ao desenvolvimento da região, entre os problemas apontados está o trânsito de caminhões. “O deslocamento da Ceagesp para uma região onde a logística seja mais favorável à distribuição de hortifrutigranjeiros é essencial e vamos fomentar esta mudança, talvez para uma área próxima ao Rodoanel”, disse Haddad.

O valor das terras do entreposto  está estimado em R$ 3 bilhões. A Ceagesp confirma a intenção de discutir a mudança do entreposto para outro local, mas ainda é necessária a assinatura do convênio entre as partes interessadas. De acordo com a Ceagesp, ainda não há nada definido em relação a possíveis espaços para transferência do entreposto. A partir da assinatura do convênio é que serão feitos os estudos iniciais de viabilidade técnica e econômica. O presidente do Sincaesp (Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo), José Luiz Batista, disse que o projeto de mudança deve ser mais amplo e repensar o abastecimento atacadista da Grande São Paulo e região da Cantareira. “O Sincaesp não é contrário a um novo Ceasa, mas ele não precisa ser em outro espaço”. Para Batista, as necessidades atuais consistem em novas diretrizes de gestão entre governo e permissionários. 

Pesadelo comunitário

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Depois de tanta luta pela instalação de um parque na Vila Leopoldina, a comunidade vê o sonho desmoronar com o fechamento do espaço instalado, desde 2010, na antiga área de lazer de funcionários da Sabesp.  A histórica conquista envolveu entidades como o Conselho das Associações Amigos de Bairro da Região da Lapa, o Movimento Popular de Vila Leopoldina e do historiador José Carlos de Barros Lima.

A entrega do parque à comunidade, em 7 de janeiro de 2010, foi uma festa que contou com a presença do então prefeito Gilberto Kassab, do governador José Serra e da subprefeita Soninha Francine, secretários municipais da época e do vereador Gilberto Natalini entre os parlamentares. A viúva de Orlando Villas Bôas, dona Marina, os filhos Orlando e Noel e o netinho (Orlando) estavam presentes no dia que o célebre sertanista, cuja família mora no Alto da Lapa, deu nome ao parque. 

A inauguração com gosto de conquista comunitária, vai ficando para trás. Além do fechamento do parque (em 9 de março) por liminar judicial à pedido do Ministério Público Estadual, a administradora Fernanda Cristina Luiz foi exonerada do cargo na última sexta-feira (27). Sem funcionamento, sem direção e sem definição sobre a posse definitiva pela Prefeitura (da área que pertence a Sabesp, por pagamento ou permuta) e ainda a possível contaminação da área, o filho do sertanista Orlando Vilas Bôas vai pedir à Secretaria do Verde e Meio Ambiente a retirada do nome do seu pai do parque. Na verdade, Noel disse que foi uma decisão da família. Falou da dívida de gratidão com as pessoas que lutaram pelo parque e por colocar nele o nome de seu pai. Mas, disse que, chegou a um ponto de ser um desrespeito do poder público municipal com a memória do seu pai, com a família Villas Bôas e também com aqueles que travaram uma verdadeira batalha pela implantação da área de lazer na Leopoldina. 

O juiz decidiu fechar os portões pela falta de informações da Sabesp (dona do terreno) sobre a análise ambiental do local. Segundo o Ministério Público, o fechamento foi pedido porque durante a implantação do parque algumas pessoas, que tiveram contato com o solo, passaram mal.  A medida foi para preservar a saúde dos frequentadores do local (de uma possível contaminação até a análise do solo). 

A Secretaria Municipal do verde e Meio Ambiente vai recorrer da decisão. Por outro lado, a Sabesp já contratou uma empresa especializada para fazer a análise, mas a conclusão dos trabalhos está prevista para outubro e o termo de permissão de uso com a Secretaria Municipal do Verde vence antes, em agosto. 

Com o avanço da especulação imobiliária, o medo da comunidade é que a Prefeitura devolva a area à Sabesp e o parque, hoje fora de funcionamento e sem direção, vire um pesadelo com torres no lugar do verde, e os portões não se abram mais para o lazer da comunidade.

Mesmo com chuva, Feira de Trocas da Amocity foi um sucesso

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Mesmo com chuva, Feira de Trocas da Amocity foi um sucesso

A Associação dos Moradores da City Lapa Canto Noroeste (Amocity) realizou a 1ª Feira de Trocas no domingo, 22, na Praça Ângelo Rivetti. Muitos moradores da região estiveram no evento e efetuaram a troca de brinquedos para os filhos, roupas, sapatos, pranchas e até equipamentos eletrônicos. Tudo em bom estado e também novos. “Todo mundo está perguntando quando será a próxima feira de Trocas. As pessoas saíram elogiando muito. Elas fizeram trocas e também amizades. Foi muito legal. Vendemos bolo e cachorro quente. Foram arrecadados R$ 300 que serão revertido para a associação. Tivemos também algumas doações de brinquedos que serão encaminhadas a entidades sociais”, revela o diretor de Marketing da Amocity, Fernando Mourão. A feira organizada pela diretoria da Amocity contou com o apoio da Subprefeitura Lapa e da Polícia Militar, por meio da 2ª Cia do 4º Batalhão. “Teve um homem preso. Ele tinha furtado o celular de uma mulher no ponto de ônibus e acabou sendo abordado pela viatura que estava a caminho da Praça Ângelo Rivetti, onde aconteceu a feira. O homem era procurado. Tanto o capitão Nicotari (2ª Cia da PM) que enviou a viatura quando o subprefeito Queija, que fez a limpeza da praça para o evento, foram muito atenciosos”, relatou Mourão. “Agradeço a Amocity pela realização do evento feira de trocas. Foi um domingo muito divertido em que minhas filhas e eu tivemos à oportunidade de trocar os objetos que não utilizamos por outros. Fizemos ótimas trocas. As crianças interagiram umas com as outras para trocarem os brinquedos. Foi muito legal! Reencontramos amigos, fizemos novas amizades e saímos felizes com nossas trocas. Adorei!”, comentou Cleide Coutinho em sua página na rede social.

Segundo Mourão, a ideia é fazer duas edições da feira por ano. “Estamos pensando em organizar outra no fim do inverno”, conclui o diretor da associação. 

ACSP Oeste renova diretoria

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O empresário Alencar Burti assumiu a presidência da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), na manhã de segunda-feira (23), em sessão solene da Assembleia Legislativa de São Paulo. Burti recebeu os cargos do empresário Rogério Amato, que presidiu as entidades durante os biênios março 2011/março 2013 e março 2013/março 2015.

A solenidade de posse da diretoria executiva e do Conselho Diretor das Sedes Distritais, – Distrital Oeste,  Pinheiros,  Sudoeste e Noroeste será no próximo dia 30,  às 19h30, no Salão Nobre do São Paulo Futebol Clube (Avenida Jules Rimet, portão 5), no Morumbi. Carlos Carrizo Prisco toma posse como superintendente da Distrital Oeste da ACSP no lugar de Therezinha Penteado de Oliveira. (MIC)

Moradores discutem|fechamento do parque

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Sandro, Rodrigo Meirelles e Glaucia conversam sobre o parque

Glaucia Prata, do Movimento Popular de Vila Leopoldina, e o morador e usuário do parque Sandro Merida Domigues se reuniram com o promotor de Justiça do Ministério Público do Meio Ambiente, Rodrigo Meirelles, na tarde de quarta-feira, 25, para falar da preocupação com o fechamento e o futuro do parque. O promotor explicou que a ação que resultou no fechamento do parque (dia 9) é de 2012 (promotor Lutti). “Na verdade o juiz decidiu fechar pela falta de informações da Sabesp sobre a descontaminação da area (anexa ao parque). É uma atitude preventiva para que se preserve a saúde dos frequentadores do local”, reafirmou Meirelles o que já tinha declarado em matéria da edição passada do Jornal da Gente. 

Glaucia lembrou que mesmo com o fechamento, cerca de 400 pessoas trabalham na area pertencente a Sabesp (entre funcionários da unidade da Sabesp, GCM e administração e segurança do parque). A representante do Movimento Popular lembrou que onde funciona o parque era a area de lazer de funcionários da Sabesp, que já era separada da parte contaminada dos depósitos químicos e de tratamento de esgoto. “Em 2010, na tentativa de implantação do parque, pessoas que tiveram contato com o solo passaram mal. Por isso o promotor anterior (Dr. Lutti) pediu o fechamento”, afirmou Meirelles. O promotor esclareceu que é permitida a permanencia das pessoas (da Sabesp, GCM e administração do parque) desde que não tenham contato com o solo. “Se espera que a Sabesp já tenha iniciado o processo de remediação, mas ainda não é possível dizer quanto tempo o parque ficará fechado”.

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) informa que após parecer técnico da CETESB, em 6/3/2015, foi constatado a existência de contaminação em uma área ao lado do Parque Orlando Villas Bôas. Em cumprimento da Ação Civil Pública, requerida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP), o parque foi fechado em 9 de março, por medida de segurança, para não oferecer riscos aos frequentadores. Vale ressaltar que o terreno é de propriedade da Sabesp e a SVMA possui um Termo de Permissão de Uso (TPU) com validade até o dia 28 de agosto de 2015, da área onde está implantado o Parque. A SVMA entrará com recurso junto ao Ministério Público (MP) solicitando a reabertura do parque. 

Família vive 13 anos na calçada esperando habitação

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No barraco da calçada, a família de dona Cleuza aguarda providências da prefeitura

A família de dona Cleuza Aparecida de Souza vive há 13 anos em barracos improvisados (mocós) na calçada da Rua Hassib Mofarrej, na Leopoldina. Ela esteve na reunião do Fórum Social da Leopoldina, na terça-feira, 24. Saiu do mesmo jeito que entrou e voltou para seu mocó na calçada. Com mais de uma década no local, ela diz que já recebeu a visita de vários representantes da Prefeitura.

Dona Cleuza conta que foi obrigada a ir para a rua depois que perdeu sua casa. “Morava em Embu-Guaçu, tinha marido (com problema com álcool) e quatro filhos”, conta Cleuza. “Comprei um terreno e fiz a casa. Quando estava quase tudo pronto veio uma pessoa e disse que era dono. Fui enganada (pelo vendedor) e tive que sair. Sem ter para onde ir, viemos pra cá. Faz mais de 13 anos que estamos aqui. Aqui vive eu, minhas filhas, minha irmã (Rosa) e minhas sobrinhas”. Segundo Cleuza, há dois anos agentes da Prefeitura estiveram no local para cadastro de habitação. “Vieram aqui, conversaram e disseram que voltariam, até hoje não voltaram. Por várias vezes eles falaram que a gente tinha que ir até a Prefeitura, no Centro. Já andamos tanto que ficamos com o pé machucado”. Nos 13 anos que mora na calçada, a família cresceu. “Uma das crianças chegou aqui quando tinha três meses, hoje está com 14 anos. Fizeram o cadastro desde que a gente chegou, mas já fui na Habitação e ninguém encontra nada”. 

Cansada de esperar por uma providência, dona Cleuza vê o tempo passar sentada na porta do barraco. Uma de suas filhas foi morar com o namorado e deixou o local. A outra está grávida. “Como ela está para ter o filho tenho que ficar por perto. Será mais um para viver aqui”, constata a moradora da calçada da Hassib Mofarrej que já contabiliza quatro crianças com menos de 15 anos: um tem 2 anos, outro tem 6, mais um com 10 anos e uma menina com 14 anos. 

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social informa que na próxima semana o serviço de abordagem vai acompanhar dona Cleuza até a (Secretaria da) Habitação para verificar a situação do seu cadastro. O órgão informa ainda que, caso dona Cleuza não tenha, o cadastro será feito.