Baladas de um acordo

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É significativo o número de leitores que procuram a redação do Jornal da Gente, por e-mail, cartas, Internet, ou mesmo pessoalmente, para reclamar da casa de baladas Sampa Hall, na Rua Clélia. Quem quiser ter uma melhor visão dessa discussão deve acessar o site do JG (www.jornaldagente.inf.br) e ler as mensagens postadas na seção Bronca da Gente.
O descontentamento da vizinhança com a casa noturna é tamanho, que o canal Bronca da Gente está sendo usado por pessoas, que mesmo se se conhecerem pessoalmente,discutem entre si essa polêmica questão. De maneira transparente, procuramos trazer para as nossas páginas semanais o retrato da situação, ouvindo o posicionamento dos moradores, direção da Sampa Hall, Promotoria, Juizado, Sub Lapa, Secretaria Municipal de Habitação, Polícia Civil e PM.
Ao agirmos assim, buscamos dois objetivos. O primeiro deles é manter nossos leitores muito bem informados sobre o que acontece no tumultuado relacionamento da Sampa Hall com a vizinhança e órgão públicos. O outro é propiciar, a partir das informações veiculadas, condições para a abertura de diálogo entre todas as partes envolvidas nesse cenário de tensões que parece não ter fim.
Entendemos que a superação dessa crise só será possível a partir do diálogo franco e aberto entre as partes. A direção da Sampa Hall precisa ter a clara visão de que a Vila Romana é um bairro de ocupação mista (comércio, serviço e residências), com forte tendência à verticali-zação (surgimento de condomínios de classe média/média alta). Isso significa ter escolhido como sede de um empreendimento, cujo caráter é o funcionamento noturno, uma área onde, de maneira natural, os moradores queiram dormir livres dos barulhos, arruaças e perturbadoras ocorrências internas e/ou externas.
Por outro lado, quem escolheu a Romana para morar tem de estar ciente de que o bairro não é uma Zona Exclusivamente Residencial (ZER), sendo permitido a presença de estabelecimentos comercias.
Enquanto comunidade sabemos e fazemos questão de dar valor à Subprefeitura da Lapa, lutando para que ela seja a instância que, independente do gestor ali colocado, filtre e encaminhe nossas reivindicações. Sendo assim, que tal exigirmos que nos gabinetes da Rua Guaicurus, 1000, sejam gestados acordos, que possibilitem o funcionamento da casa de baladas e o sossego da vizinhança, como acontecia nos tempos do antigo Olympia?

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