ACSP realiza reunião sobre futuro do Hospital Sorocabana

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Foto: Bárbara Dantine

Bárbara Dantine
Público cobra alinhamento da Prefeitura e Estado para permitir reabertura

A Associação Comercial de São Paulo Distrital Oeste realizou na quarta-feira (15) uma reunião para discutir o andamento das tratativas para a reabertura do Hospital Sorocabana. Foram convidados o vereador Gilberto Natalini e o assessor de relações institucionais da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) Ivan Cáceres.

Natalini, que acompanha o caso desde antes do fechamento do hospital em 2010, apresentou um histórico das dificuldades enfrentadas neste período e da importância de ter um hospital com leitos destinados aos pacientes do SUS na região.

Cáceres relatou o panorama da saúde. “Hoje o hospital de referência da região é o Hospital Municipal Doutor José Soares Hungria. Os pacientes são encaminhados para lá e para o PS da Lapa. A obra do Sorocabana é bastante complicada. Não podemos ter um hospital com banheiros da década de 50, teria que fazer muitas adaptações”, afirma.

O representante da SMS afirma que para dar andamento na reabertura do Sorocabana e buscar os recursos necessários, primeiro é preciso garantir a posse do terreno. “É precário o documento de cessão do Estado ao Município para o uso do hospital. A Prefeitura não tem hoje os recursos para investir em elevador, equipamentos e principalmente o custeio mensal com RH”, diz.

A proposta que está em andamento é a mesma que foi anunciada pelo secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, no final de 2018, de fazer uma permuta do terreno do Sorocabana, que pertence ao Estado, com o terreno do Instituto Dante Pazzanese, equipamento estadual que está em um terreno que pertence ao Município. A Procuradoria Geral do Município e a assessoria jurídica do Governo do Estado analisam como fazer a troca juridicamente.

Questionado sobre o modelo de PPP para o Sorocabana, Ivan Cáceres afirma que propostas já foram discutidas, mas não se sustentam. “Não teria retorno financeiro para o investimento. Não consideramos PPP para o Sorocabana, mas sim recursos do Fundo Municipal de Saúde e recursos federais”, diz. Cáceres também falou sobre o sobrecarregamento do SUS. “Em 2009 a população SUS dependente era de 6 milhões de pessoas, hoje são 8 milhões. Mesmo quem tem planos de saúde de baixo custo, os exames de média e alta complexidade não são cobertos e os pacientes vão para o SUS”, explica. Natalini disse que a população deve cobrar. “É uma questão de honra para a Lapa reabrir esse hospital”, disse.

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