Tecnologia a favor

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A tecnologia é, ora evolução, ora maldição. Maldição porque cada vez mais somos escravos dela, presos em pequenas telas de celulares por duas ou três horas do nosso dia, sem contar as telas de computadores por conta do trabalho. Ficamos aflitos quando estamos longe dos aparelhos, nos sentimos nus sem internet. Um verdadeiro caso de dependência. Acordamos e olhamos o celular. Checamos nossos e-mails, grupos de conversa e mídias sociais antes de dormir, como se algo imperdível e impostergável estivesse lá. Isso não se aplica a todas as pessoas, claro, mas a humanidade precisa descobrir uma forma mais saudável de lidar com os computadores e gadgets.

Mas é inegável que o uso da tecnologia como ferramenta para ajudar em nossas tarefas diárias tem um valor e praticidade revolucionários, semelhante ao advento do uso da eletricidade.

Se a tecnologia permite conectar pais e filhos que moram em países diferentes, é lamentável que esse instrumento não seja utilizado para conectar pessoas que estão ainda mais próximas, nossos vizinhos. Em ruas com predominância de casas, o relacionamento entre moradores costuma ser mais frequente. Já em condomínios, onde às vezes vivem centenas de pessoas, muitas não conhecem quem mora no próprio andar. Ter esse contato é muito importante em situações de emergência, que inclusive podem ser evitadas.

A Polícia Militar trabalha hoje para implantar um conceito que foi substancialmente perdido, o da boa vizinhança. As pessoas podem estar conectadas com mais de mil contatos pela internet, mas em um momento de apuro, quantos desses amigos virtuais ou conhecidos realmente podem fazer algo para ajudar? Quantos estão fisicamente próximos o suficiente para fazê-lo?

É preciso também que as pessoas saibam como se comunicar e utilizar as mídias da maneira correta. Um grupo de segurança só deve ser acionado por motivos relevantes. Com o bombardeio de mensagens sem importância, as pessoas deixam de visualizar suas notificações.

Os governos também investem em tecnologia para monitorar a cidade. Um exemplo é a plataforma “Tô Legal!”, que poupará milhares de pessoas que desejam trabalhar dentro da lei de se deslocarem às subprefeituras. Cabe aos órgãos públicos aproveitar as ferramentas digitais para realizarem um serviço mais assertivo. E quando conseguirem filtrar todos os dados fornecidos pelos munícipes através de canais como o portal 156, será muito mais fácil direcionar as solicitações e informar prazos que sejam cumpridos. Esperamos que em breve seja possível ver esse bom uso da tecnologia.

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