O óbvio e os silêncios

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Em 28 de março, escrevi aqui sobre o silêncio contagioso em torno do Hospital Sorocabana (HS). Desde então, a campanha por sua reabertura total – pelo Comitê Sorocabana, Conselho Participativo (CPM) da Lapa e outros – se intensificou, conquistou milhares de pessoas e repercutiu na imprensa.

Em ano eleitoral, a Prefeitura anunciou a instalação de 60 leitos nos andares inferiores do HS. Curioso é que a Secretaria Municipal de Saúde afirmara: a estrutura estaria “muito danificada” e sua reabertura seria “inviável” – sob silêncio quanto a riscos a usuários e trabalhadores. Por isso, pleiteamos uma vistoria aos 5 andares fechados, com técnicos voluntários, para averiguação.

Outro silêncio: “dívidas” que supostamente impedem a municipalização do Hospital. Todos devem saber que a entidade particular que o administrou, contrariando a Lei 2763/1954, abriu uma matrícula em seu nome em 1980 – como se fosse dona do imóvel do Estado! – e passou a penhorá-lo com dívidas. Privatizando recursos públicos, fechou e socializou prejuízos.

Também escrevi que a covid-19 já causara 10 mil mortes na Itália. Hoje, só na Capital sofremos 8 mil mortes e mais 5 mil suspeitas. Quantas mais ocorrerão até a reabertura total do Sorocabana?

Não há tempo para silêncios.

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