Educação e Vida

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Não há como retornar às aulas com os atuais níveis de contaminação pela Covid-19 e condições estruturais das escolas. Muitas escolas estão sem funcionários de limpeza desde abril. Os banheiros, bebedouros e refeitórios não têm condições satisfatórias e não há como superar isso em pouco tempo. Os estudantes usam o transporte coletivo que é um vetor de transmissão do vírus.

O adiamento do retorno para outubro mostra que realmente não há condições de retomada das aulas. Também não é certo jogar a responsabilidade da volta parcial a partir de 8 de setembro para as comunidades das escolas. A desigualdade escolar de muitos alunos se deve à baixa renda das famílias e não será um mês de antecedência, colocando em risco a própria comunidade, que resolverá esse problema.

O governo federal busca terminar com a quarentena e não contribui para uma proposta adequada para a educação. É necessário criar condições econômicas e de saúde para uma verdadeira quarentena que rebaixe os índices de contaminação, só assim podemos discutir a volta. É preciso um calendário escolar que dê conta disso, não aceitando as pressões que visam o lucro. O aprendizado se recupera, vidas não!

A falta de cuidados com a escola pública se arrasta há anos, gerando desigualdades em nossa juventude e sobrecargas terríveis aos trabalhadores da educação. O atual plano, em todas as esferas, só acentua essa situação.

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