O ano que não começou

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Entramos em 2021 com a sensação de que continuamos na mesma. Não me dei ao trabalho nem de desejar ou prometer algo na virada. Não devo ter sido o único.

Havia certo consenso de que 2020 era um ano para se esquecer. Tenho a impressão de que 2021 vem para que a gente continue lembrando do ano que passou.

A epidemia continua por aí ceifando vidas, os empresários já dão sinais de esgotamento financeiro, a elevação dos preços de produtos assusta, a ameaça do desemprego continua e não teremos o carnaval para que as coisas comecem a acontecer como sempre acontecia “depois do”.

O prefeito e o subprefeito continuam os mesmos. Menos vereadores da região. Os projetos e as obras continuam inexistindo. Ninguém mais perde tempo pensando no futuro?

As entidades locais também dão a impressão que deixaram de existir. Nossas lideranças viraram avatares.

O pessimismo cresce e contagia como um vírus. A impressão que se tem é que tudo vai deixar de existir. Provavelmente até os amigos.

Tudo terá que ser refeito, reconectado, repensado, reconquistado. Tudo.

Ou seja, é bem possível que 2021 não comece!

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