Um grupo de médicos, moradores da região da Lapa, tem acompanhado as reportagens do JG, que relatam a situação crítica pela qual passa o Hospital Sorocabana, onde cerca de 90% do atendimento acontece via Sistema Único de Saúde (SUS). Preocupados com o nível de qualidade dos serviços prestados, eles procuraram a redação do jornal, na terça-feira, 8, para conversar sobre esse tema, que já se tornou pauta constante nos círculos comunitários.
Segundo a pediatra Ana Lucia Santoro, a situação do Sorocabana pode ser encarada de frente mediante novos modelos de gestão hospitalar. “Se houver espaço para o debate, podemos mostrar que existem novos modelos de administração de equipamentos na área da Saúde. São modelos que privilegiam parcerias e estão dando certo”, afirma Ana Lucia.
O caráter de instituição filantrópica dado ao Sorocabana bem que deveria facilitar esse tipo de diálogo entre a administração do hospital e setores da comunidade. Porém, não é o que acontece. Semanas atrás, o JG quis saber da presidente do hospital, Silvia Fernandes Pereira, qual o tamanho do déficit existente atualmente. Ela se negou a responder, alegando que essa informação não é de caráter público, pois o Sorocabana é uma empresa privada.
As denúncias feitas pelo JG em relação funcionamento precário da lavanderia do hospital, chegaram ao conhecimento do prefeito Gilberto Kassab e da Secretaria Estadual de Saúde. Porém, nenhuma fiscalização (seja municipal ou estadual) visitou o Sorocabana até a semana passada. A lavanderia continuava em atividade, só que agora com a porta de entrada trancada.