Enquanto as associações e entidades lapeanas lutam pela manutenção do Espaço Cultural Tendal, que será desativado para dar lugar ao Poupatempo Lapa ( com sede no atual edifício da Subprefeitura – Rua Guaicurus 1000), as comunidades do Jaguaré tem tudo para se unir em torno de uma proposta de cunho cultural contida no Plano Regional Estratégico da Subprefeitura da Lapa (PRE-Lapa). O Título II deste documento recebeu a denominação de Plano Urbanístico-Ambiental. Datado de 2004 ele propõe o seguinte: “requalificar a área ocupada pela construção da antiga Cooperativa Agrícola de Cotia nas avenidas Jaguaré e Kenkiti Shimomoto, prevendo a reciclagem do edifício para permissão e/ou concessão de uso para oficinas de cultura e artesanato popular e eventos comunitários, procurando viabilizar a integração, eventualmente em parceria, de espaço livre arborizado em lote frontal próximo”.
Caminhos Verdes
Esse mesmo texto oficial, anexado ao Plano Diretor da cidade, entende como prioridade para aquele bairro “requalificar como área livre de edificações para recreação e lazer a Praça General Porto Carrero “ e “valorizar a área do Relógio e procurar integrá-la ao espaço de uso público previsto no plano de urbanização e implantação de habitação de interesse social – HIS do Morro
do Jaguaré”.
As comunidades da Lapa e da Leopoldina, por sua vez, também têm motivos de sobra para cobrar da prefeitura a implementação de obras visando a uma melhor qualidade de vida. O PRE-Lapa propõe, por exemplo, a criação de “caminhos verdes”, que nada mais são do que intervenções urbanísticas visando interligar os parques da cidade e os parques lineares a serem implantados mediante requalificação paisagística de logradouros por maior arborização e permeabilidade das calçadas. Neste contexto, fariam parte dos Caminhos Verdes avenidas como Ermano Marchettti, Gastão Vidigal e Imperatriz Leopoldina, entre outras. Também comporiam tais Caminhos, diversas ruas, como, por exemplo, Guaipá, Brentano, Aurélia, Pio XI, Gavião Peixoto, Barão de Jundiaí e Clélia.