Kallas revê projeto na Carlos Weber

No lugar de dois edifícios com 40 andares, quatro torres de 28 andares. Essa é a decisão da construtora Kallas para a retomada do projeto SKy House, o polêmico empreendimento na Carlos Weber, embargado pela Justiça, em julho do ano passado. “Tínhamos de decidir: insistir na legalidade do projeto com duas torres, o que para nós era fato concreto, ou esperar o julgamento do mérito pela Justiça, algo que se arrastaria pelos tribunais em Brasília por tempo indeterminado”, conta o diretor da empresa, Emilio Kallas. “Optamos por um acordo que nos permite retomar o projeto com torres mais baixas. Ainda este ano, vamos relançar o Sky House nesse novo padrão”.
O ambicioso empreendimento da Kallas previa a construção e duas megas torres residenciais – uma com 136 metros e outra de 133 metros, com o maior edifício chegando ao 41º andar. Para tanto, a empresa protocolou na prefeitura uma alteração de projeto (o original previa torres e foi entregue antes da vigência do atual Plano Diretor).
No ano passado, o Movimento Defenda São Paulo entrou com ação judicial contra a Kallas ponderando que as megas torres feriam o coeficiente de aproveitamento de área, pois não poderiam ser consideradas alteraçoes de projeto, mais sim um projeto novo, que não encontraria respaldo no atual Plano Diretor. A juíza da 7ª Vara da Fazenda Pública, Alexandra Fuchs, acatou pedido de liminar sustentando que não subsistia “o direito de utilização do coeficiente de aproveitamento da data do protocolo inicial (2002)”. No dia 11 de agosto, a Kallas, atendendo à decisão judicial, paralisou as obras, já em fase de fundação e com 150 unidades vendidas. “Vários proprietários que compraram unidades no antigo Sky House já manifestaram o desejo de adquirir um dos apartamentos do novo empreendimento”, confirma Emilio Kallas.