O laudo de contaminação da área da antiga usina de compostagem, onde será instalado o Parque Orlando Villas Bôas, não foi apresentado na reunião da Secretaria de Meio Ambiente na terça-feira (20), contrariando o que foi divulgado pela Subprefeitura da Lapa.
A subprefeita, Luiza Eluf, evita falar sobre os prazos, mas o cronograma fixado na reunião de 12 de novembro do ano passado, tinha como data limite para retirada das cooperativas de reciclagem e início dos trabalhos para descontaminação do terreno o dia 15 de janeiro de 2008. Até o momento as três cooperativas continuam trabalhando no local.
Ao contrário do encontro de novembro, a imprensa não foi convidada para participar da reunião na última terça-feira (20), onde Luiza Eluf se reuniu com os técnicos de órgãos como Limpurb, Cetesb, Secretaria do Verde e Meio Ambiente, Depav, Decont, Secretaria dos Negócios Jurídicos, envolvidos no projeto, dessa vez, às portas fechadas, para discutir o assunto.
O cronograma fixa dezembro de 2008 para conclusão e entrega da área verde à comunidade. O promotor de Meio Ambiente, José Eduardo Ismael Lutti, não pôde participar do encontro por motivos de agenda, mas acompanha o andamento do processo de instalação. “Ainda é possível ajeitar o andamento do cronograma. O laudo de avaliação (de contaminação do terreno da ex-usina) está em fase final de elaboração. Dependendo dessa análise, poderemos ter uma noção do tempo do procedimento para descontaminação. Mas isso acaba se ajeitando”, disse o promotor, referindo-se ao atraso no cro-nograma.
Lutti também falou de outros problemas como o acesso ao parque que, hoje, é feito pela Marginal do Tietê. “Ficaria difícil para a visitação”. De acordo com ele, a comissão de técnicos da Prefeitura discute com a Sabesp uma possibilidade de construir a entrada principal pela Leopoldina, em área da companhia. “Também é preciso fazer o levantamento patrimonial dos equipamentos da antiga usina que continua no local. Eles também estão vendo um terreno para levar as cooperativas”, disse o promotor.
