A reportagem do JG flagrou o funcionamento da lavanderia do hospital Sorocabana e constatou que a mesma opera em total desacordo com as indicações do Ministério da Saúde.
A lavanderia que funciona no andar térreo estava com as portas abertas. O cenário no interior em nada lembrava um ambiente hospitalar: roupas sujas de sangue jogadas no chão, piso danificado, materiais de limpeza largados dentro da própria lavanderia.
Na Internet, o Ministério da Saúde mantém um Manual de Funcionamento de Lavanderias Hospitalares. O documento diz, entre outras coisas, o seguinte: “Estudos realizados na área da microbiologia vieram revelar que o processo da roupa em um ambiente único, utilizado nas lavanderias tradicionais, propiciavam a recontaminação constante da roupa limpa na lavanderia. Esses estudos mostraram ainda, que grande número de bactérias jogadas no ar, durante o processo de separação da roupa suja, contaminava todo o ambiente circundante”.
Convidado pelo Jornal da Gente para ver como funcionava a lavanderia do Sorocabana, um diretor do hospital, recém-empossado no cargo, observou o cenário descrito nessa reportagem e disse apenas que existe uma autoclave no piso superior.
Em relação à denúncia sobre os setores de lavanderia do Hospital Sorocabana, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informa que “assim que tomou conhecimento sobre as condições precárias de higiene do setor de lavanderia do hospital, a Vigilância Sanitária do Estado imediatamente foi acionada para que sejam tomadas todas as medidas cabíveis para a solução do caso. A SMS possui convênio de leito SUS com o Hospital Sorocabana e exige atendimento humanizado e de qualidade aos seus usuários.
Esta gestão tem investido gradativamente em reformas das unidades para proporcionar acolhimento seguro aos seus pacientes. Toda a irregularidade encontrada será prontamente averiguada”.