Lions ajuda pessoas com catarata

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Professores e alunos residentes da Unifesp realizam exames

O Lions Clube São Paulo, entidade civil sem fins lucrativos, atende pessoas com catarata. Na Lapa, os 19 membros da associação procuram indivíduos que necessitam de ajuda para acabar com esta enfermidade, causadora de cegueira. “Infelizmente, poucos sabem que prestamos este tipo de assistência gratuitamente. Estamos à disposição para auxiliarem todos que nos procurarem”, garante o novo presidente do Lions Clube São Paulo Lapa, Nilton Bustamante, com mandato até junho de 2004.
O Lions pertence ao Distrito LC-2, congregando a Capital e algumas cidades do interior paulista. A associação internacional foi fundada nos Estados Unidos em 1917, para ajudar os soldados norte-americanos feridos na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). No Brasil, o Lions foi implantado em 1952, sendo instalado no bairro, cinco anos mais tarde. Atualmente, o governador distrital é Emil Ettinger, que também ficará no cargo até junho de 2004.
Todos os pacientes são encaminhados à Fundação Lions do Distrito LC-2, situada na Rua Botucatu, Vila Clementino. A entidade firmou uma parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp – antiga Escola Paulista de Medicina).
Em 1996, foi inaugurado o Instituto da Catarata, onde professores e estudantes do Departamento de Oftalmologia da Unifesp utilizam os equipamentos importados para atender a população. “O Lions entra com a estrutura montada no valor estimado de US$ 500 mil, e a universidade cede os profissionais “, explica a diretora presidente da Fundação, Ana Maria Coelho de Moura Castilho.

Cirurgias na Unifesp

Perto de cinco mil pessoas são atendidas todos os meses no ambulatório, das 7 às 16h de segunda à sexta-feira. Os interessados passam por todos os procedimentos necessários antes da operação nos 330 metros quadrados de área, que fica no térreo do edifício. Além da triagem, 45 médicos residentes, 30 estagiários, 11 funcionários e nove voluntários orientam os pacientes, realizando exame de refração, coleta de sangue, avaliação pré-anestésica (sala de eletrocardiograma), anestesia e checagem de biometria (para a implantação das lentes depois da cirurgia).
As lentes são pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Às segundas-feiras, o atendimento é exclusivo para as cerca de 40 crianças de zero a 13 anos, que comparecem ao local com a catarata congênita. Segundo Ana Maria, elas ganham lanche, pois muitas são subnutridas. Outras não agüentam a aplicação do colírio, que é muito forte, precisando de mais atenção. De terça à sexta-feira, perto de 180 pessoas – na sua maioria idosos – são assistidas diariamente.
A espera pela operação contra a catarata dura 20 dias. As 480 cirurgias mensais são feitas na Unifesp, localizada no outro lado da rua. A operação tem a duração de 30 minutos e a recuperação pós-operatória, até três meses.
O Lions Lapa pede às pessoas que precisam de atendimento contra a catarata, para entrarem em contato pelo telefone 3836-5452, com o secretário e ex-presidente da entidade, o advogado Apparício Fornes.

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