“O correto é respirar pelo nariz e não pela boca”, alertou o médico otorrinolaringologista do Hospital Metropolitano, Pedro Vivacqua da Cunha Cintra, durante sua palestra “O impacto da obstrução nasal na saúde de crianças, adultos e idosos”, realizada no último dia 10, Dia Nacional da Respiração Nasal, no anfiteatro do Hospital, na Rua Aurélia, na Vila Romana.
A palestra de Cintra faz parte da campanha “Respire pelo Nariz e viva melhor” desenvolvida pela Academia Brasileira de Rinologia para alertar as pessoas sobre a importância da respiração nasal no funcionamento do organismo. “Nariz entupido não é uma doença e sim um sintoma. Várias podem ser as causas, desde um resfriado e rinites até tumores”, explicou o médico.
Entre as interferências mais comuns da obstrução nasal, Cintra apontou a adenóide e desvio de séptico, que podem ser solucionados com acompanhamento médico ou cirurgia. “Já a rinite alérgica não tem cura, nem cirurgia. O importante é prevenir. O tratamento ambiental é fundamental para o alérgico. Ele deve manter o ambiente sempre limpo e distante de ácaros, poeira, mofo, bicho de pelúcia, aspirador de pó e fumaça de cigarro, entre outros, para evitar o agravamento do sintoma”.
Segundo o otorrino, a obstrução nasal pode acarretar conseqüências como a diminuição ou perda do olfato e sinusite, dificuldade no controle da asma além de ronco e apnéia obstrutiva do sono, que acarretam outros problemas como a piora no desempenho escolar, no trabalho e atividades social. “A pessoa fica sem dormir a noite (por causa do nariz entupido) e sonolenta durante o dia, dormindo com facilidade. Isso acarreta uma série de prejuízos como a perda de emprego ou acidentes de trânsito”.
Cintra orienta as mães a fazer a prevenção. “Se a criança apresentar dificuldades para respirar é preciso consultar um otorrino para diagnosticar a causa”, alerta o especialista.
A respiração errada, pela boca, pode acarretar problemas durante a fase de formação da criança como alteração crânio facial, a função muscular, má formação da arcada dentária como queixo para trás e céu da boca estreito e profundo. “Criança com boca aberta e que baba durante a noite é comum em quem tem adenóide. A adenóide prejudica o desenvolvimento da face da criança, o sono e a linguagem”, revela o médico.
