Duas decisões do Conselho Municipal do Patrimônio (Conpresp) dadas como certas – o tombamento do Alto da Lapa e Bela Aliança e o não tombamento de 21 imóveis na região da Sub Lapa – foram adiadas diante da pressão de setores da comunidade.
Os assuntos que estavam na pauta da reunião do órgão, realizada na terça-feira, 12, não chegaram a ser votados, pois moradores do Alto da Lapa recorreram ao vereador Toninho Paiva (representante do Legislativo no Conselho), ao mesmo tempo em que o Movimento Contra a Verticalização Desenfreada da Lapa e Região (Mover) pedia, no Ministério Público, garantias para ter acesso ao parecer que o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) encaminhou ao Conpresp sustentando o não tombamento dos 21 imóveis. “Seria oportuno que o vereador convocasse uma Audiência Pública, para que os moradores avaliem o tombamento dos bairros, pois existem aqueles que discordam dessa decisão”, afirma o empresário José Carlos de Barros Lima. “A avaliação do DPH em relação ao não tombamento precisa ser discutida em Audiência Pública. Afinal, foi em reuniões plenárias (entre 2002 e 2003) que a comunidade e a Sub Lapa definiram esses imóveis com bens a serem conservados. Nada mais justo e transparente que antes de uma tomada de posição do Conpresp, a comunidade discuta o encaminhamento dado pelo DPH”, sustenta a geógrafa Ros Mari Zenha, uma das fundadoras do Mover.