Sehab promete, mas não entrega casas

0
821

Foto:

Barracos ainda habitados resistem na Ilha Verde

Continua sem solução o destino de um grupo de cidadãos, que em condições subhumanas moram entre os escombros da antiga favela Ilha Verde (ponte Anhangüera).
As moradias foram quase totalmente destruída por marretas da prefeitura para dar lugar a um novo complexo viário na região.
Ainda moram no local 33 famílias, que em abril deste ano receberam uma promessa da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab): a entrega, em junho, de moradias dignas no Jaraguá. “Disseram que essas 33 famílias mudariam primeiro, pois eram os moradores mais antigos da favela. Depois nos informaram que mudaríamos em outubro. Agora dizem que por problemas nas caixas d´água temos de esperar até novembro”, conta Pedro Santos, uma das lideranças da comunidade da Ilha Verde.
Alonso López, representante da Secretaria de Habitação visitou o que restou da favela da Ilha Verde na quarta-feira, 10, tentando convencer os moradores a desocupar o local em troca de uma bolsa aluguel, enquanto durarem as obras no Jaraguá. “Podemos oferecer uma bolsa de até mil reais mensais por família. A previsão é de que em novembro as obras no novo conjunto habitacional estejam concluídas”, disse López.
Os moradores, temendo que a Sehab, mais uma vez, não cumpra com o prometido, rejeitaram a proposta e insistem na agilização da entrega das novas unidades habitacionais. “Não acreditamos mais nas palavras da Prefeitura. Estamos sendo enganados. Enquanto isso, continuamos vivendo no meio do entulho e convivendo com os ratos. Queremos ser tratados com dignidade. Na hora de pedir votos, os políticos aparecem por aqui. Seria bom que eles viessem dar uma olhada em que condições estamos morando”, desabafa Santos que mora na Ilha Verde há 20 anos.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA