Uma bela campeã

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Patrícia Lage: em busca de patrocínio

A tenente do 21º Depósito de Suprimento do Exército, Patrícia de Oliveira Lage, é uma mulher especial no bairro. Ela ganhou 12 vezes o campeonato paulista de jiu-jitsu e também levou o brasileiro de 1998. A moradora de Perdizes começou a lutar aos quatro anos graças ao seu pai, o mestre Roberto Lage. “Se dependesse da minha mãe, seria bailarina. Ela tentou me colocar em três escolinhas de dança, mas optei pelo esporte”, recorda Patrícia.
Foi a primeira mulher no Brasil a receber a faixa preta de jiu-jitsu, quando tinha apenas 18 anos. Hoje com 26, a lutadora de 54 quilos, distribuídos nos seus 1,69 metro de altura, coleciona vitórias dentro e fora dos tatames. Desde do início deste ano, a veterinária é uma das responsáveis pelas análises de qualidade dos alimentos que chegam ao Exército e que serão encaminhados aos quartéis de todo o Estado de São Paulo.
Sua rotina é puxada. Ela trabalha das 8 às 16h no Laboratório de Inspeção de Alimentos e Bromatologia (Liab), do 21º D Sup. Depois, vai até 22h treinando jiu-jitsu junto com seu pai, na Academia Roberto Lage, primeiro a trazer este esporte para a Lapa.
“O objetivo do jiu-jitsu é levar o seu oponente para o solo e imobilizá-lo. É necessário muito treino e técnica para esta articulação, usando chaves e alavancas no combate”, explica a aplicada faixa preta, que tem como principal adversária a falta de verba para viajar. A atleta precisa de patrocínio para fazer uma dieta com suplementos alimentares.
Embora o Brasil seja a referência do jiu-jitsu no mundo, Patrícia não tem condições financeiras de se dedicar completamente ao esporte. Nem conseguiu embarcar ao Rio de Janeiro, para disputar o mundial da categoria que acontece no final de julho. Todos os anos, o mundial deste esporte acontece na capital carioca, sendo o Brasil o país com o maior número de campeões em todas as categorias.
Seu próximo desafio é participar da Copa Joe Moreira, que será realizada em setembro, em Los Angeles (Estados Unidos), e tentar superar as brasileiras Leka, Simone e Luciana, principais lutadoras na categoria feminina pena (de 52 a 56 quilos). “Gostaria muito de ganhar este torneio, mas acredito que não será possível bancar minha preparação e minha estada nos Estados Unidos, já que não conto com nenhuma empresa que possa me dar uma força”, conta Patrícia, lembrando que as companhias podem abater parte do investimento em atletas no Imposto de Renda.
O auxílio à nossa esportista também pode ser feito por meio do fornecimento de suplementos alimentares básicos para o bom rendimento do praticante de jiu-jitsu. Quem quiser conhecer e ajudar a atleta Patrícia Lage pode enviar e-mail para paty_lage@hotmail.com.

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