Vereador apresenta Plano de Bairro

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Em dezembro de 2006, o crescimento desordenado da Vila Leopoldina já havia chamado a atenção do vereador José Police Neto (PSDB), o Netinho, que, convidado pelo JG, aceitou percorrer trechos críticos do bairro, como a região da caixaria e a vizinha Vila Hamburguesa (região da Carlos Weber). Naquela ocasião, Netinho, dialogando com o jornal e representantes do Movimento contra a Verticalização Desenfreada da Lapa e Região (Mover) aceitou o desafio de levar adiante, no Legislativo, a formulação de um Plano de Bairro para a Leopoldina.
De lá para cá, Netinho costurou acordos e, na quarta-feira, 25, apresentou publicamente, num debate promovido pela Distrital Lapa da Associação Comercial de São Paulo, as bases desse plano, que é um instrumento de planejamento urbano capaz de reorientar o crescimento e desenvolvimento de uma região em plena expansão residencial e comercial. “O Plano de Bairro da Leopoldina será uma peça legislativa. Ou seja, uma vez formulado será apresentado para votação na Câmara. Tecnicamente o plano será coordenado por um dos mais respeitados arquitetos do Brasil, o professor (USP) Candido Malta”, explicou Netinho.
Segundo o vereador, serão traçadas diretrizes para o desenvolvimento urbano do bairro a partir de levantamentos técnicos de todos os lotes e, sobretudo, “a partir do diálogo com moradores, comerciantes, industriais e também com a vizinhança da Vila Leopoldina”, acrescentou Netinho.
Para o professor Candido Malta esse é o momento de repensar a região. “É possível reordenar o crescimento de um bairro, mesmo quando ele avança sem planejamento, como é o caso da Vila Leopoldina”, sustenta o arquiteto. “Temos de pensar num bairro que não se feche em guetos”, acrescentou Malta. Segundo ele, o Plano de Bairro terá de “dialogar” com a Operação Urbana Leopoldina – Jaguaré, outro instrumento de planejamento , cuja minuta vem sendo elaborada pela Secretaria Municipal de Planejamento. “É natural que surjam interesses conflitantes, que terão de ser debatidos pela população”, avalia Malta.

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