Médicos se unem em meio à crise

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David Serson é o presidente da APM-HCS

A difícil situação do Hospital Sorocabana continua repercutindo dentro e fora da instituição que atende, basicamente (90%), pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Desta vez a movimentação vem do corpo médico que se mobilizou para criar a Associação dos Profissionais de Medicina do Hospital Central Sorocabana (APM-HCS), presidida pelo médico David Serson.
O Estatuto da APM-HCS, ao qual o JG teve acesso, coloca como um dos objetivos da nova instituição corporativa “intermediar, quando necessário, no âmbito hospitalar, eventuais questões entre seus Associados e o hospital Central Sorocabana”
Isso, na prática, significa que os médicos do hospital da Rua Faustolo ganham maior força e autonomia frente à diretoria do Sorocabana. O JG apurou que uma das queixas do corpo médico é a dificuldade de diálogo com a presidente Silvia Pereira.
A crise do hospital chegou à Assembléia Legislativa, onde no passado tramitaram emendas liberando recursos para o Sorocabana.  O deputado Bruno Covas (PSDB) tomou conhecimento do processo movido contra o hospital  pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana. Na ação, os sindicalistas pedem o afastamento da diretoria da instituição, sustentando que há fortes indícios de improbidade administrativa.
Segundo o Sindicato, tramitam na Justiça mais de 80 ações trabalhistas. O total desse passivo é uma caixa preta, uma vez que Silvia Pereira se nega a revelar números. A Secretaria Municipal de Saúde acompanha com atenção e preocupação o desenrolar da crise, uma vez que mantêm convênio com o hospital para a oferta de 150 leitos via SUS. “Uma intervenção do poder público até se torna possível diante da grave situação. Porém, isso depende do tamanho do passivo trabalhista ,que pode inviabilizar qualquer operação de resgate do Sorocabana”, afirma fonte ouvida pelo JG que conhece a dinâmica do sistema de saúde municipal.

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