S.O.S. Vereadores

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Uma vez aberto o ano Legislativo de 2009,
é preciso que o G-8, o grupo dos oito vereadores que em 2088 fizeram
campanha na região (Mara Gabrilli, Eliseu Gabriel, Police Neto,
Natalini, Claudinho, Donato, Penna e Paulo Frange), tome a iniciativa
de se reunir para legislar em favor dos bairros da gente, que,
submersos pelas águas das chuvas, pedem socorro.
De nossos representantes na Câmara Municipal esperamos um
posicionamento firme diante do caos vivido no sábado, dia 7, e cujas
imagens reproduzimos nesta edição.
Será justo e aceitável, como faz o governo, dizer que o volume de água
que caiu foi tão grande que mesmos com todos os bueiros limpos, a
enchente seria inevitável? Antes que essa pergunta seja respondida,
vale lembrar as palavras de técnicos do IPT-USP durante seminário
promovido pelo Jornal da Gente em 2007: “O que no passado acontecia uma
vez por ano (chuva excepcionalmente forte), irá se repetir mais vezes.
A região da Lapa, por estar na parte mais baixa da região dos rios
Tietê e Pinheiros, tende a sofrer muito com isso. Assim, é preciso
repensar o planejamento do bairro, já a partir do Plano Diretor”.
Cabem, aqui, dois registros pontuais, que confirmam a previsão do
IPT-USP. Em janeiro deste ano, o índice pluviométrico na cidade foi de
351 mm, contra 318 mm registrado em 2008.
O mínimo que se pode esperar do G-8 é que São Pedro seja deixado na
santa paz celestial e que aqui na Terra, os 40 km² da Sub Lapa sejam
objeto de uma análise racional dos fatos que mais uma vez noticiamos.
Se a tendência é de chuvas mais fortes em intervalos de tempo mais
curtos, fica evidente que a região precisa ser repensada, justamente a
partir de instrumentos de urbanização, como Plano Diretor e Operações
Urbanas, que, obrigatoriamente, passam pelo crivo da Câmara Municipal.
No G-8 apenas um vereador (Donato) é da oposição. Os outros sete são da
base governista. Mas antes de serem governo ou oposição os nobres
parlamentares são representantes do povo e a ele devem satisfação. As
comunidades locais, ilhadas e submersas a cada chuva mais forte, pedem
socorro. Chegou a hora da verdade.
O G-8 tem a obrigação de se articular imediatamente e resgatar a
cidadania da gente, que morre afogada, vítima da falta de planejamento
urbano de uma gestão que em leis e articulações políticas parece
privilegiar, de fato, os senhores do concreto, ignorando por completo
as comunidades locais defensoras do desenvolvimento sustentável.

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