Situação de ex-usina

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Foto:

Elton Gloeden (E) e técnicos da Cetesb participaram da audiência pública

Para a Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental (Cetesb), agência do Governo do Estado de São
Paulo responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e
licenciamento de atividades ligadas ao meio ambiente, a solução para
tornar de uso público a área da ex-usina de compostagem da Vila
Leopoldina nada tem de complicado. Em Audiência Pública organizada pela
Subprefeitura da Lapa, na terça-feira, 9, o órgão assegurou que para
liberar o terreno com segurança para a construção do Parque Orlando
Villas Bôas, basta recubrir o solo contaminado com pelo menos meio
metro de terra. Trata-se de um procedimento técnico para sanar
possíveis incertezas ainda existentes quanto à qualidade do solo
superficial. “Essa camada impede o contato direto dos futuros usuários
e trabalhadores do parque com o solo contaminado”, disse o gerente de
Planejamento de Ações Especiais da Cetesb, Elton Gloeden.
Caso prevaleça a vontade da comunidade, que há anos expressa o desejo
de ver no terreno da ex-usina não um parque comum, com quadras de
futebol ou pistas de skates, mas um parque ligado à memória do
indigenista Orlando Villas Bôas – cuja família ainda reside no Alto da
Lapa – alguns cuidados terão de ser tomados. Segundo Gloeden se, por
exemplo, o projeto arquitetônico contemplar áreas fechadas, como um
edifício que abrigue o acervo de Villas Bôas, elas não poderão estar em
contato direto com o solo. “É preciso que haja uma distância separando
a base do edifício do solo, de modo que se garanta uma superfície
ventilada”.
Com relação à áreas (particulares) contíguas à ex-usina de compostagem,
cuja contaminação do solo acaba migrando para o terreno público, a
Cetesb diz que será preciso que o proprietário adote barreiras químicas
que bloqueiem a passagem dos contaminantes de um lugar para outro.
Diante da complexidade da discussão sobre o passivo ambiental, a
subprefeita Soninha Francine afirma que novos debates serão organizados
de modo a garantir total transparência em relação às medidas que devem
ser tomadas para o saneamento das áreas contaminadas.

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