“Venho reclamar da interrupção abrupta da coleta seletiva na Rua Camburiú (Alto da Lapa). Já fazia parte da rotina dos moradores separar o lixo orgânico do inorgânico, uma forma ainda singela, porém, importante de cuidar do planeta. Gostaríamos de saber o motivo da interrupção. O lixo já não faz parte dos problemas ambientais e não nos avisaram?”. Manifestações como estas da leitora Mariana Nascimento começaram a chegar á redação do Jornal da Gente nas última semanas, dando conta de problemas no sistema de coleta seletiva de lixo, serviço oferecido pela Prefeitura a partir de contratos firmados com concessionárias.
De acordo com a Subprefeitura da Lapa “a responsabilidade pela coleta seletiva e do lixo domiciliar na região é da empresa Loga – Logística Ambiental de São Paulo S.A. O serviço é fiscalizado pelo Departamento de Limpeza Urbana – (Limpurb), que responde para Secretaria Municipal de Serviços”.
Promessa de mudança
Diante do quadro de reclamações dos moradores, o Jornal da Gente entrou em contato com a Loga, que imediatamente se manifestou na pessoa de seu presidente, Luiz Gonzaga. “Existem problemas, que já tornamos públicos, no sistema de coleta seletiva. Com o crescimento acentuado da demanda existem dificuldades para acomodar o material reciclável nas cooperativas. Os nossos caminhões recolhem esse tipo de lixo nas residências para levá-los às cooperativas mais próximas. O que tem acontecido é que chegando a esses locais não existe como descarregar a coleta (falta de espaço físico)”, explica Gonzaga. O resultado desse impasse é o comprometimento de toda a logística da coleta seletiva. “O caminhão fica parado à espera de orientações da Prefeitura, que precisa indicar um novo local para o descarte. Muitas vezes temos que nos deslocar até uma cooperativa que está do outro lado da cidade”, acrescenta o empresário.
Segundo Luiz Gonzaga, sugestões para melhoria do sistema foram encaminhadas pela Loga à Secretaria de Serviços. “Vamos ter novidades”, garante ele.