Morte anunciada

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Na propaganda política do rádio e da TV, nossos políticos (governo e oposição) dizem que já fizeram muito e ainda podem fazer melhor numa área tão sensível e importante como a Saúde. Porém, na região da Sub Lapa, com reflexos diretos e imediatos em municípios da Grande São Paulo (Osasco, Caieras, Franco da Rocha, entre outros), o colapso do Hospital Sorocabana, noticiado com exclusividade nesta edição do Jornal da Gente, expõe o enorme abismo que separa a realidade cotidiana da ilha de ilusões idealizada por marqueteiros responsáveis pelos programas do horário eleitoral.
Com o Sorocabana de portas fechadas, o Pronto-Socorro da Lapa começou a receber um número maior de pacientes sem contar com 100% de seu quadro de médicos. Na quinta-feira, por exemplo, o PS Lapa não atendia ortopedia (falta de médicos), enquanto o setor clínico funcionava com um médico apenas, pois o outro, doente, não tinha condições de comparecer ao trabalho.
Vale lembrar que o hospital lapeano é uma entidade de caráter filantrópico, com mais de 80% de suas receitas vinculadas ao Sistema Único de Saúde (verbas liberadas pela Prefeitura).
O Jornal da Gente procurou saber tanto da direção do hospital e, sobretudo da Secretaria Municipal de Saúde, o que aconteceu com o Sorocabana e como fica o atendimento da população sem essa referência SUS na região. Até que fosse concluído este editorial, ambas as partes não haviam se manifestado. E por falar em manifestação, o que diriam os candidatos a presidente e ao governo estadual sobre o desfecho da crise deste hospital?
Outras perguntas precisam ser respondidas, com transparência, pelo presidente da Associação Beneficente Hospital Sorocabana, José Carlos Simião, e pelo Secretário Municipal de Saúde, Januário Montone: quem é o culpado pelo colapso do hospital? Que controle a Secretaria Municipal de Saúde tem das contas do hospital de janeiro de 2010 em diante? O recente empréstimo bancário de R$ 15 milhões feito pelo Sorocabana teve ou não aval da Prefeitura, uma vez que as garantias dadas correspondiam a repasses mensais do sistema SUS ao hospital? Qual o valor das parcelas pagas pelo Sorocabana ao banco (seqüestro automático de repasses SUS)? Quais os valores repassados pela Prefeitura ao Sorocabana nos últimos nove meses?
Simião e Januário precisam dar explicações á sociedade, em particular a gente como uma mulher grávida que tendo cesariana marcada para este sábado no Sorocabana, soube na manhã da sexta-feira, que teria que procurar outro hospital. Na propaganda política do rádio e da TV, nossos políticos (governo e oposição) dizem que já fizeram muito e ainda podem fazer melhor numa área tão sensível e importante como a Saúde. Porém, na região da Sub Lapa, com reflexos diretos e imediatos em municípios da Grande São Paulo (Osasco, Caieras, Franco da Rocha, entre outros), o colapso do Hospital Sorocabana, noticiado com exclusividade nesta edição do Jornal da Gente, expõe o enorme abismo que separa a realidade cotidiana da ilha de ilusões idealizada por marqueteiros responsáveis pelos programas do horário eleitoral.
Com o Sorocabana de portas fechadas, o Pronto-Socorro da Lapa começou a receber um número maior de pacientes sem contar com 100% de seu quadro de médicos. Na quinta-feira, por exemplo, o PS Lapa não atendia ortopedia (falta de médicos), enquanto o setor clínico funcionava com um médico apenas, pois o outro, doente, não tinha condições de comparecer ao trabalho.
Vale lembrar que o hospital lapeano é uma entidade de caráter filantrópico, com mais de 80% de suas receitas vinculadas ao Sistema Único de Saúde (verbas liberadas pela Prefeitura).
O Jornal da Gente procurou saber tanto da direção do hospital e, sobretudo da Secretaria Municipal de Saúde, o que aconteceu com o Sorocabana e como fica o atendimento da população sem essa referência SUS na região. Até que fosse concluído este editorial, ambas as partes não haviam se manifestado. E por falar em manifestação, o que diriam os candidatos a presidente e ao governo estadual sobre o desfecho da crise deste hospital?
Outras perguntas precisam ser respondidas, com transparência, pelo presidente da Associação Beneficente Hospital Sorocabana, José Carlos Simião, e pelo Secretário Municipal de Saúde, Januário Montone: quem é o culpado pelo colapso do hospital? Que controle a Secretaria Municipal de Saúde tem das contas do hospital de janeiro de 2010 em diante? O recente empréstimo bancário de R$ 15 milhões feito pelo Sorocabana teve ou não aval da Prefeitura, uma vez que as garantias dadas correspondiam a repasses mensais do sistema SUS ao hospital? Qual o valor das parcelas pagas pelo Sorocabana ao banco (seqüestro automático de repasses SUS)? Quais os valores repassados pela Prefeitura ao Sorocabana nos últimos nove meses?
Simião e Januário precisam dar explicações á sociedade, em particular a gente como uma mulher grávida que tendo cesariana marcada para este sábado no Sorocabana, soube na manhã da sexta-feira, que teria que procurar outro hospital.

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