Sorocabana fica sem solução

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Caldeiras sucateadas: retrato dá gestão

Passados 74 dias desde o encerramento das atividades do hospital Sorocabana (por conta de uma grave crise financeira), nem governo estadual, nem Prefeitura ou Ministério Público leva adiante qualquer tipo de plano capaz de devolver à região metropolitana de São Paulo, o atendimento ambulatorial e de internações (via rede pública) perdido com o colapso do complexo hospitalar da rua Faustolo.
Durante a semana circularam rumores de que o governo do Estado de São Paulo tinha encontrado uma solução para o caso, algo que fonte oficial ouvida pelo Jornal da Gente logo desmentiu. A Prefeitura, por sua vez, cessou qualquer tipo de diálogo com a diretoria do Sorocabana, depois de fracassada tentativa de acordo mediado pela Promotoria de Saúde. Na visão da Secretaria Municipal de Saúde, a diretoria do hospital, além de mostrar grande inflexibilidade na mesa de negociações, não consegue articular nenhuma proposta concreta no sentido de recuperar o Sorocabana. O Ministério Público saiu de cena, pois na sua avaliação, não há no momento um quadro de risco que comprometa, dentro do hospital, a saúde da população, pois o equipamento está inativo. Representantes do Hospital Bandeirante chegaram a se reunir com diretores do Sorocabana e aventaram uma proposta de recuperação da estrutura hospitalar. As negociações não avançaram por conta de um grande problema: o passivo de mais de R$ 200 milhões.

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