PS Lapa ainda enfrenta|graves problemas

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Mesmo com um novo gestor no comando administrativo, no caso a Fundação Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o Pronto-Socorro da Lapa (localizado na Avenida Queiroz Filho) está longe de viver um clima de normalidade no atendimento.
Na segunda-feira, 31, num saguão lotado, pacientes, muitos deles em pé, aguardavam por atendimento. Em vários casos, a espera era longa: entre três e quatro horas para ser avaliado por um clínico geral, segundo informações passadas por funcionários da recepção. Casos urgentes tinham prioridade. “Fechou o Sorocabana. As pessoas agora correm para cá. Antigamente eram três clínicos no atendimento (naquela segunda o PS contava com dois especialistas)”, reclamava uma moradora da Vila Leopoldina. “Já estou aqui há três horas”, protestava uma cidadã paulistana de 76 anos, que aguardava, de pé, o atendimento do médico. Outra paciente, também inconformada, deixava clara sua insatisfação. “É a primeira vez que venho aqui. Cheguei às 11 horas. São duas tarde e não fui atendida. É uma falta de respeito”. Uma mulher, se queixando de dor e com crises de vômito, também aguardava de pé. “Cheguei aqui por volta das 10h30. Não agüento mais”.
Por meio de nota enviada ao Jornal da Gente (leia abaixo), a Secretaria Municipal de Saúde se justifica”.

Resposta
“A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) lamenta a demora pontual ocorrida no Pronto Socorro Municipal da Lapa (PS), e esclarece que nesta última segunda-feira (31/1), a equipe de plantão realizou mais de 430 atendimentos (acima da média), sendo que 230 foram somente na clínica médica. A alta demanda do dia também foi ocasionada pelos pacientes graves que aguardavam transferência para outras unidades, bem como os casos agudos atendidos, que foram trazidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (192 – SP) da região.
Mesmo com o quadro de médicos completo da unidade, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) está atenta às necessidades de saúde dos moradores que utilizam os serviços do PS da Lapa. Prova desse esforço pode ser observada na consolidação do contrato de gestão com a Fundação Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), que vem gradativamente garantindo a cobertura do quadro de médicos nos plantões diários da unidade. Recentemente, a entidade abriu processo seletivo para incluir dois novos clínicos que deverão atender os pacientes graves que permanecem por mais de 24 horas no PS, possibilitando, assim, a ampliação dos recursos já existentes no atendimento da demanda espontânea.
De qualquer forma, a direção da unidade se coloca à disposição dos moradores e ressalta que todos os casos que chegam à unidade, recebem avaliação de risco, sempre priorizando o rápido atendimento dos casos mais graves. A direção também solicita o contato da paciente abordada pela reportagem para investigar a evolução do atendimento prestado”.

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