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Quem conhece Maria Antonietta Lima e Silva, presidente da Associação Amigos da Vila Pompeia, sabe muito bem que ela é determinada ao extremo quando se dispõe a defender bandeiras e posicionamentos comunitários. No ano passado, quando comunitariamente comemoramos o centenário da Vila Pompeia, Antonietta foi voz discordante ao dizer que havia algo de errado no traçado dessa linha do tempo regional (1910-2010).
Com uma disposição de fazer inveja a muitos jovens, essa senhora de 73 anos, saiu em busca de elementos que transformassem uma suspeita em fato concreto. No livro Raízes da Pompeia, que acaba de sair gráfica e em breve será lançado, Maria Antonietta reúne documentos que “rejuvenesce” o bairro em um ano. Ou seja, as origem da Via Pompeia datam de 2011 e não de 2010.
Para remarcar o centenário, Maria Antonietta parte da história da Chácara Bananal (ao sul do Parque Antarctica), adquirida em 3 de janeiro de 1911 pela Companhia Urbana Predial S.A. Sempre com base em documentos que hoje ganham caráter histórico, Antonietta afirma que “em 23 de setembro de 1911 foi feita a primeira escritura de venda de lote da Vila Pompeia, apesar do local ser citado no documento como sendo no bairro das Perdizes, atrás do Parque Antarctica”. A pesquisa mostra que a quadra vendida tinha os seguintes limites: á frente a Avenida Central (Avenida Pompeia) e aos fundos a Rua 3, “correspondendo à quadra 33 (hoje terreno em frente ao Hospital São Camilo).
A compradora do lote foi a Caixa Internacional de Pensões Vitalícias Sociedade Anônima. “O registro histórico acaba com as dúvidas quanto á data de fundação do bairro. Portanto, que seja instituído o dia 23 de setembro de 1911, como a data de Fundação da Vila Pompeia”, propõe Antonietta.
