Ambiente é tenso no|Hospital Sorocabana

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Demonstrativo de pagamento a aposentado cujo nome omitimos por questão de ética

Sem que se saiba ao certo se Yvens Scruph, é, legalmente, o presidente da Associação Beneficente Hospitais Sorocabana (ABHS)– mantenedora de dois hospitais, um na Lapa e outro na cidade de Botucatu – a entidade continua sobre forte pressão interna e externa.
Ferroviários aposentados (ex-funcionários da antiga estatal Fepasa) enviaram ao Jornal da Gente comprovantes do pagamento de suas pensões/aposentadorias por parte do governo de São Paulo. Nos demonstrativos emitidos pelo Sistema de Despesa de Pessoal do Estado (mês de janeiro de 2011) aparecem descontos referentes às mensalidades pagas à ABHS com valores entre R$ 45 e R$ 100 (veja abaixo cópia do comprovante). “Somos descontados na fonte. O dinheiro entra na conta da Associação (ABHS), mas o Sorocabana (Lapa) está fechado. Queremos saber o que está sendo feito com esse dinheiro. Se o Yvens se diz presidente, que explique isso numa Assembleia”, questiona um associado que pede para não ser identificado.
Em tom de indignação, o aposentado pergunta: “E tem também o aluguel pago pelo arrendamento do estacionamento do hospital. Para onde está indo esse dinheiro? As contas do hospital estão bloqueadas ou não? O senhor Carlos Amorim, que se diz superintendente da ABHS, movimenta a conta da Associação? Quando ele explicará aos associados o que significam as ações que correm contra ela na Justiça.O que o prefeito Kassab está esperando para intervir no Sorocabana?”, desabafa o associado da ABHS.

Situação em Botucatu
O prefeito de Botucatu, João Cury, entrevistado pelo Jornal da Gente, confirmou sua disposição de desapropriar a unidade local do Sorocabana. “Garanto que o hospital não fechará suas portas. Podemos desapropriá-lo com a dívida permanecendo com a ABHS”, disse Cury. Segundo ele, o ideal seria a Prefeitura de São Paulo fazer o mesmo com a unidade da Lapa.
Cury, em companhia de Carlos Amorim, foi recebido pelo secretário adjunto de Saúde da Prefeitura de São Paulo, José Maria Orlando. “ Estou ciente das implicações do senhor Carlos Amorim com a Justiça e com processos extrajudicais. A desapropriação seria feita judicialmente. A justiça convocaria o legítimo representante da ABHS e hoje o senhor Carlos Amorim se apresenta como superintendente da entidade”, afirma Cury.

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