Secretaria quer desapropriar Sorocabana

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Secretaria da Saúde planeja municipalizar e reabrir hospital

Coincidência ou não, após o prefeito Gilberto Kassab ser questionado por um morador da região e pelo editor do JG, Eduardo Fiora, sobre a situação do Hospital Sorocabana, no último dia 29,  durante a abertura da Campanha de Vacinação contra Gripe, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) anuncia que pretende municipalizar e reabrir o hospital.

O primeiro passo já foi dado. O decreto do prefeito Gilberto Kassab declarando de utilidade pública o imóvel (onde se localiza o hospital) foi publicado no Diário Oficial do Município de quarta-feira (4 de maio). A desapropriação foi a forma encontrada pela SMS para que uma das referências em saúde da região da Lapa, possa voltar a funcionar e atender a população.

O orgão esclarece que desde o fechamento, em setembro de 2010, o Hospital Sorocabana deixou uma lacuna no atendimento à saúde da cidade de São Paulo. Durante anos, o hospital da Rua Faustolo prestou serviços para a rede pública da capital como conveniado do SUS. Mas, segundo a secretaria, não foi mais possível dar continuidade ao convênio com o hospital devido à situação de irregularidades fiscais e tributárias, entre outras.

De acordo com a SMS, “antes de optar por um processo de desapropriação, o órgão tentou outras possibilidades, como encontrar entidades privadas de saúde da região da Lapa e arredores que aceitassem atender pacientes oriundos do SUS, absorvendo a demanda anteriormente destinada ao Sorocabana, mas o esforço não surtiu resultados.

A secretaria afirma também que a situação financeira da Associação Beneficente Hospitais Sorocabana (ABHS), que administra o hospital, e sugere que o equipamento médico ficará fechado por tempo indeterminado, reforça os argumentos apresentados pelo órgão que a municipalização é a melhor alternativa em defesa do interesse público.
Para a Secretaria Municipal de Saúde, manter o Sorocabana fora do SUS paulistano, considerando a sua capacidade técnica de assistência e a estrutura já constituída, é um enorme prejuízo para a população, principalmente àquela parcela dependente do Sistema Único de Saúde.

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