Foto:
O colapso do Hospital Sorocabana, que até setembro de 2010 atendia pacientes da rede SUS, tem agora novos desdobramentos políticos. O deputado estadual pelo PT, Luiz Claudio Marcolino, protocolou ofício endereçado ao governador Geraldo Alckmin com o objetivo de saber como o governo estadual avalia o fechamento do complexo hospitalar da Rua Faustolo, uma vez que o mesmo foi erguido em terreno estadual, a partir de acordo firmado 55 anos atrás. “O ato de transferência do imóvel previa a devolução do imóvel e outros bens à Fazenda do Estado de São Paulo em caso de interrupção das atividades hospitalares, ou dissolução da entidade beneficente. Com o encerramento das atividades do Hospital Central Sorocabana quais medidas o Governo do Estado de São Paulo tomou em relação a essa questão?”, questiona o deputado.
Desapropriação
O prefeito de Botucatu, João Cury Neto, anunciou, na segunda-feira, 30, que a unidade do Sorocabana naquela cidade foi declarada como Utilidade Pública, primeiro passo para a desapropriação do imóvel e futura municipalização do complexo hospitalar que hoje atende via Sistema Único de Saúde. De acordo com reportagem publicada no Diário da Serra (jornal da região de Botucatu) a diretora do hospital, Maria José Maschetti, renunciou ao cargo. O motivo, segundo apurou o jornalista Cléber Novelli, tem a ver com um novo empréstimo feito pela Associação beneficente Hospitais Sorocabana de R$ 2,6 milhões, junto ao BICBanco, a ser quitado em 60 parcelas de R$ 80 mil, com comprometimento das receitas SUS do Sorocabana de Botucatu, que recebe repasses da prefeitura da ordem de R$ 268 mil mensais. Somando-se a folha de pagamento de R$ 150 mil com os R$ 80 mil de pagamento da dívida contraída, chega-se a R$ 230 mil, restando apenas R$ 38 mil, inviabilizando o funcionamento do hospital. Questionado, o BICBanco informa que “não fornece informações sobre quaisquer operações existentes ou potenciais”.
