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Enquanto o governo estadual e a Prefeitura de São Paulo tecem o acordo para a municipalização do Hospital Sorocabana, a Câmara Municipal deve avaliar proposta de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que tem por objetivo investigar o uso de recursos públicos em sucessivas gestões do complexo hospitalar da Rua Faustolo.
Quem luta pela abertura da CPI é o vereador petista Carlos Neder, membro do G-8, grupo de vereadores engajados com questões da região da Subprefeitura da Lapa. “Há um compromisso (da mesa Diretora da Câmara) em colocar o pedido de criação da CPI do Sorocabano na sessão plenária do dia 25 (terça-feira)”.
Neder entende que é preciso separar a luta pela reabertura do hospital da necessidade de investigação das gestões que comandaram o Sorocabana desde 2003 até agora. Foi exatamente isso o que o vereador explicou a um grupo de mais de 40 pessoas (ferroviários aposentados, membros de Conselhos Gestores da Saúde e imprensa), na sala da liderança do PT na Câmara, na terça-feira, 18. “Será importante a presença de vocês no dia 25 aqui na galeria da Câmara (a partir das 15h), de modo a mostrar ao plenário que a CPI conta com apoio popular”, disse Carlos Neder.
Na reunião, o vereador do G-8 ouviu manifestações de apoio à sua iniciativa e pedidos específicos em relação à evolução do acordo de municipalização do Sorocabana. Uma questão levantada foi se os sócios da Associação Beneficentes Hospitais Sorocabana (ABHS) terão ou não algum tipo de atendimento especial na nova estrutura hospitalar. Neder se comprometeu a levar adiante esse problema, pois muitos sócios contribuíram por décadas para a ABHS de modo a receberem atendimento de saúde diferenciado.
Cerco aos gestores
O Tribunal de Contas do Município quer ouvir os responsáveis pela gestão do Sorocabana nos últimos anos. Intimação com esse propósito já foi despachada pelo órgão e endereçada ao ex-presidente da ABHS, José Carlos Simião e aos atuais gestores da entidade.
Neder confirma que a CPI, uma vez aprovada e, posteriormente, instalada, chamará para depor o presidente da ABHS, Yvens Scruph, e o superintendente do Sorocabana, Carlos Amorim.
