Cada um de nós nasceu no lar que precisava: não podiam ser outros os nossos pais nem o lugar do nosso nascimento. Era o plano. Tudo preparado para o cumprimento da carreira evolutiva de nossa alma. Ou somos devedores, ou somos credores: no primeiro caso temos algo a pagar; no segundo, temos algo a perdoar!
A aceitação dessa verdade essencial faz-nos entender as compensações cármicas entre nós e nossos pais e nossos irmãos carnais e o grupo que circunda e perambula pelo nosso “habitat”. O carma é o plano pré-vida na carne.
Tudo planejado, encarnamos e nesse momento ganhamos a liberdade de escolher: ou aceitamos o carma ou o rejeitamos. Às mais das vezes, essa rejeição nasce da nossa ignorância e do esquecimento do plano tão bem elaborado para a maravilhosa encarnação. É pena que não nos seja explicada essa condição desde a infância. Muitas vezes, só quando velhos temos a visão exata das coisas e vemos que em várias encruzilhadas escolhemos a estrada errada e, só depois de provações e sofrimentos reencontramos o bom caminho, que é sempre o caminho do perdão incondicional!
Devemos, em primeiro lugar amar a vida, aceitando as peripécias e os tropeços do caminho. Amando a vida, é nosso dever amar a nossa família, suportando-a no que ela é, como ela é, e ajudando-a nos momentos difíceis. Não nos revoltemos contra a inveja de nosso irmão. A vida precisa ser aceita como ela é. Se devemos, paguemos!
A aceitação do nosso lar, como ele é, é o primeiro passo para conhecermos a nossa alma e para reagirmos bem às variáveis da vida familiar, modificando-as na medida das nossas forças.