Pré-candidato do PRB a prefeito de São Paulo, Celso Russomano, promete uma gestão municipal fiscalizadora, eficiente e na qual o funcionalismo público será valorizado. Nas pesquisas eleitorais feitas pelo Datafolha, ele aparece, desde o ano passado, à frente de todos os outros candidatos, exceção feita a José Serra, com o qual rivaliza a disputa pelo primeiro lugar nas intenções de voto do eleitorado paulistano.
Na segunda-feira, 27, Russomano – ex-deputado federal e hoje apresentador de TV e colunista de jornais (na área do Direito do Consumidor) – foi recebido pelo Jornal da Gente para um café da manhã na redação da Rua Catão, onde falou sobre as pesquisas do Datafolha (oscila entre 17% a 21%) e de planos de gestão para São Paulo. “Sou um cidadão simples que trabalha com o pé no chão e que gosta de estar com as pessoas. Serei um prefeito que estará ao lado da população (como exemplo garante que, quinzenalmente, participará de forma ativa de mutirões de limpeza nos bairros)”.
Desempenho eleitoral
“Isso (a liderança nas pesquisas) é fruto de trabalho de anos e anos. Desde 1990 estou lutando pelos direitos do consumidor. Em 95, criei o Instituto Nacional de Defesa do consumidor (uma ONG). Hoje, temos um site com 70 mil reclamações. Recebo o resultado das pesquisas com humildade e receio, pois para me manter nesse patamar será preciso redobrar esforços para ir até fim (descartando abrir mão da sua candidatura para compor alianças com outros partidos)”.
Subprefeitura
“A subprefeitura precisa ser um órgão que tenha poder e, é lógico, orçamento. O subprefeito tem que fiscalizar a sua região. Para isso, precisa conhecê-la bem. O que impede que a população possa, de alguma forma, escolher ela mesma o subprefeito? Onde está escrito que isso não pode acontecer?”
Creches
“É perfeitamente possível zerar o déficit de vagas em creches municipais num prazo de dois anos. Como? É possível, por exemplo, construir creches verticais. Isso pode ser feito nos próprios terrenos do município que já possuam creche instalada, aumentando o número de vagas em cada unidade”.
Transporte
“Não dá para pedir que alguém deixe seu carro em casa oferecendo um transporte público sem qualidade. Temos que ter ônibus com ar-condicionado e que rodem em chassis próprios para esse tipo de uso (transporte coletivo urbano). Hoje, o chassis de nossos ônibus é aquele usado por caminhões”.
Funcionalismo
“O funcionário público precisa ser valorizado. Isso começa pela adoção de planos de carreira que precisam ser bem definidos. Caso contrário, continuaremos perdendo valorosos profissionais para a iniciativa privada”.