Moradores comemoram fim de demolição

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Moradores comemoram fim de demolição

Os moradores da Rua Duarte da Costa estão com as casas mais arejadas e ganharam um novo visual do bairro com o fim da demolição e retirada dos escombros do Hospital Itatiaia pela Amil, proprietária do imóvel. A presidente da Associação de Moradores pela Preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança (Assampalba), Maria Laura Fogaça Zei, e alguns moradores foram conferir a conquista que levou cerca de 15 anos para se concretizar.
O destino do terreno será da direção da Amil, mas a expectativa da Assampalba é que o local volte a vocação original de lotes da Cia City, com a construção de casas no mesmo padrão das existentes no bairro, ou seja transformado em praça.
O imóvel fica na região da City Lapa, dentro de uma zona residencial tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) e Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp). “É uma questão de bom senso. A gente viu os esforços que eles (da Amil) fizeram até aqui e queríamos parabenizá-los. Não éramos contra o hospital, era uma questão de ilegalidade, tudo ali era irregular (há 50 anos)”, lembra Maria Laura.

Histórico

Antonio Carlos Filleti é um dos moradores próximo ao imóvel. “Há mais de 15 anos a Assampalba iniciou essa luta. Quando mudei aqui, em 2003, vi que a coisa estava meio parada e comecei a estudar o caso. A gente contratou a Lucila Lacreta, que é uma arquiteta famosa. Ela estudou tudo, desde a década de 60, e fez mais ou menos 12 livros que a gente mandou para a promotoria (de Meio Ambiente). Por sorte a Amesp (assistência médica) vendeu o Hospital Itatiaia para a Amil. A Amil tem outra postura. A Amesp era muito insistente e queria ampliar o hospital, quem segurou a ampliação foi a Assampalba, eu só ajudei um pouco”, diz Filet que fiscalizou de perto o caso do Itatiaia.
Ele lembra que o hospital estava com obra de ampliação embargada, por exceder o limite permitido no zoneamento (Z-1), quando a então subprefeita da Lapa, Luiza Eluf, mandou fiscalizar. “Como estava com a obra em anestia, não podia ser fiscalizado. A Soninha (Francine) quando entrou (na Subprefeitura) viu que não tinha alvará (de funcionamento) e mandou fechar. Por sorte, a Amil comprou o hospital. Foi uma luta, se não fosse o promotor (de Meio Ambiente), Washington (Luís de Assis), não ia acontecer nada”.
A Amil informa que desenvolve estudo de viabilidade para identificar a destinação que dará ao imóvel.

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