O acordeonista e morador da Lapa, Wilson Pereira, foi homenageado pela Orquestra Sanfônica de São Paulo, na sexta-feira, 10, em comemoração ao Dia dos Pais. Segundo a maestrina, Renata Sbrighi, ele é um paizão para o grupo. “A homenagem é merecida”, afirma ela. Comandados por Renata, os músicos fizeram uma surpresa ao veterano, tocando suas composições, no ensaio de sextas-feiras.
Wilson começou a tocar sanfona (aos 55 anos) no início da década de 70, a convite da professora Elvira Sbrighi, mãe de Renata. Ele acompanhava a filha Márcia nas aulas de piano da professora Elvira. “O senhor Wilson sempre dizia que não tinha tido oportunidade de realizar um sonho de criança, que era tocar sanfona. Então minha mãe convidou-o para tocar sanfona. Era um período difícil, ele estava em depressão por conta de alguns problemas”, lembra Renata.
A música ajudou Wilson a dar a volta por cima. Mas a professora Elvira faleceu em 1978 e sua filha Renata, já formada pelo Conservatório Conselheiro Lafaite, deu continuidade as aulas de acordeon. A jovem passa a ser sua professora de Wilson. Em 1988, Renata funda a Orquestra Sanfônica de São Paulo, sediada na Rua Pio XI, onde Wilson toca até hoje.
Companheiro
Apesar dos 89 anos de idade e dos 40 de carreira, Wilson Pereira é independente e muito admirado por seus companheiros do grupo. Ele continua na ativa, dirige seu carro e viaja com a orquestra para os shows. “Muitas vezes passamos a noite fora por causa das apresentações e ele fica firme. É companheiro de todos”, conclui Renata.
Amante da música, Wilson tem um gosta musical variado, que vai de bolero, passando pelo tango, valsas, chorinho, popular até baião. Adora Oswaldinho do Acordeon, Mario Zan e Robertinho.
Após a emoção de sexta-feira, esse domingo, 12, Dia dos Pais, deve ser de lembranças especiais para o veterano sanfoneiro.