A Prefeitura tem até o dia 20 para identificar os locais para transferir as famílias que invadiram o prédio onde seria o Edifício Monte Carlo, na Rua Princesa Leopoldina 207, na City Lapa. A decisão faz parte da última audiência realizada na segunda-feira, 4, no Fórum da Fazenda Pública. Também ficou determinado que a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Habitação, faça um novo cadastramento dos ocupantes do prédio embargado. Segundo o promotor de Habitação e Urbanismo, do Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE-SP), Maurício Lopes, o processo ficou suspenso por alguns dias para realização desse novo levantamento. “Eles só saem quando tiver um encaminhamento com local adequado. Não vou jogar essas pessoas na rua. No dia 20 vamos ter uma nova audiência onde a Prefeitura terá que apresentar o cadastro e os locais indicados para transferência das famílias”, diz o promotor.O embargo da obra foi decretado em 1996 a pedido da Associação de Amigos e Moradores pela Preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança (Assampalba). Por conta da decisão judicial a favor da Assampalba, a obra foi definitivamente paralisada no ano seguinte. Desde então, o esqueleto de oito andares, erguido pela Construtora CCK, foi invadido. O prédio fica em uma área com casas de alto padrão, IPTU elevado e ruas arborizadas, na City Lapa. Moradores do entorno e vizinhos ao prédio reclamam que seus imóveis estão sendo desvalorizados por falta de uma solução definitiva para o caso. Eles temem que se alguma medida não for tomada um acidente grave (como incêndio) possa ocorrer devido às improvisações (principalmente de luz) para a crescente ocupação. Moradores do bairro reclamam das agressões ao meio ambiente. Com freqüência a calçada fica intransitável. “Os invasores encheram a calçada com madeiras, móveis, lixos domésticos já podres e mais, impedindo o trânsito de pedestres. A cada semana entram mais invasores”, diz um dos moradores do entorno do esqueleto invadido.
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