As vendas no comércio tiveram desaceleração pelos reflexos das manifestações populares das últimas semanas, principalmente o dia de luta convocado pelas centrais sindicais na última quinta-feira (11).
Segundo o superintendente da Distrital Lapa da Associação Comercial de São Paulo, Dimitrie Josif Gheorghiu, a queda da economia é visível. “Os reflexos dessas manifestações de quinta-feira (11) fez com que as pessoas não se deslocassem. Houve prejuízos. Todos os setores trabalharam com menos do que poderiam. A cidade ficou meio vazia porque muitos funcionários não conseguiram chegar ao trabalho. Acredito numa queda de 30% a 40% no movimento, só nesta quinta-feira, fora os outros dias”, comenta o superintendente.
Levantamento
Estudos da Associação Comercial de São Paulo mostram que os protesto e bloqueios de vias em junho influenciaram o comportamento do consumidor. O Indicador de Movimento do Comércio, que avalia as vendas a prazo, registrou queda de 2,8% em junho com relação ao mesmo mês de 2012. O Indicador de Consultas de Cheque, sobre vendas à vista, também apresentou declínio (de 4,1%). Os dados referem-se à Capital e deve-se tanto pela ausência do consumidor nos estabelecimentos quanto pelo fechamento antecipado das portas do comércio em horário de maior movimento (em dias de manifestação). Para o presidente da Facesp e ACSP, Rogério Amato, a superação das dificuldades somente será possível com mais trabalho. “O país não pode continuar a sofrer com frequentes paralisações dos meios de transporte e a interrupção do trabalho, pois as empresas necessitam produzir para atender às necessidades da população e para cumprir seus compromissos com fornecedores, trabalhadores e o fisco. A população precisa se locomover, seja para trabalhar, para consumir ou mesmo para o lazer”, informa a nota da Facesp e ACSP, com apelo às autoridades e aos grupos e movimentos sociais para que o direito às manifestações seja compartilhado com o direito das demais pessoas para que a liberdade seja para todos.