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Carvão e ferro retorcido. É tudo que restou no chão do Auditório Simóm Bolívar do Memorial da América Latina. O Jornal da Gente acompanhou o primeiro dia de limpeza do maior auditório da região, que sofreu um incêndio em 29 de novembro do ano passado. A limpeza, segundo o Memorial, é uma orientação do laudo preliminar produzido pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), que constatou que não houve danos à estrutura do prédio. Já o responsável pelo inquérito criminal pediu mais 30 dias para a finalização do processo. Ainda não há data para reabertura, mas o presidente do Memorial, João Batista de Andrade, é otimista. “Espero reabrir o Auditório aos paulistanos ainda este ano. Vamos trabalhar para isto”, afirma ele. Segundo João Batista, após a operação os técnicos do IPT conseguirão fazer o mapeamento completo e com absoluta clareza de todas as áreas atingidas pelo incêndio, para compor o projeto definitivo de recuperação do auditório, com a orientação técnica para cada um dos pontos mapeados, conservando-se a estrutura do prédio. “A partir desse detalhado laudo é que se poderá iniciar o processo de contratação para as obras de restauração”, explica o presidente do Memorial. Ainda sobre a restauração, Batista lembra que a empresa que assumir a obra terá de seguir uma legislação com novas demandas para um prédios deste porte, respeitando as características do projeto, que é tombado pelo Compresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico) e pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico).Sobre as obras de arte do Simon Bolívar, a única destruída foi o painel em tapeçaria da artista Tomie Ohtake, que colocou o projeto original à disposição para que fosse feito um nova tela no Auditório. A obra “Relógios, relógios, relógios”, do artista Victor Arruda, no foyer do Auditório, que sofreu danos superficiais, também será restaurada.
