A candidata à presidência pela Coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva e seu vice Beto Albuquerque abriram a rodada de diálogos “+ Cultura com Marina” reunindo artistas e intelectuais da area cultural, segunda-feira (15), na Casa das Caldeiras. O encontro foi feito com base nas 600 propostas colhidas em plataforma aberta na rede on-line, sob coordenação de Célio Turino, da parte cultural do Programa de Governo. Foram selecionados 20 profissionais (entre diferentes segmentos como cinema, teatro, artesanato, circo, bibliotecas, entre outros) para falar no encontro. Entre os selecionados estava o diretor de cinema Fernando Meirelles e o músico Dinho Outro Preto. “Marina pode nos fazer sonhar de novo”, declarou Dinho. “Ao escutar as pessoas escolhidas para que de alguma forma pudesse trazer aquilo que é a preocupação de cada segmento faz com que a gente tenha uma boa sustentação para iniciar essa jornada”, disse a candidata que batizou a reunião de “escutatória”.
Prioridade – A presidenciável afirmou que seu programa vai priorizar a diversidade da produção cultural com recursos, facilitando o acesso aos meios, aos incentivos e aos financiamentos. “Nossa proposta de governo tem um forte entrelaçamento entre educação e cultura”, revelou a candidata. “Nosso compromisso é sim de meios para que se tenham mais bibliotecas, salas de leitura e formas coletivas para muitas coisas que foram colocadas e que não terei tempo de falar (por causa do pouco tempo). Queremos que o Ministério da Cultura possa trabalhar uma visão que respeita a liberdade de expressão”, declarou a ex-ministra do Meio Ambiente.
Marina lembrou de seu momento de atriz (amadora) quando encenou um papel em Morte e Vida de Severina, ainda jovem, no Acre. “A arte ajuda a ressignificar a política. Sei bem disso”, enfatizou. “O meu papel era impressionante”, disse referindo ao seu papel de cacto na peça. “A arte tem o poder de antecipar aquilo que, muitas vezes, a política só é capaz de fazer depois”.
Carências – Entre as reivindicações dos segmentos culturais estava a valorização da cultura afro-brasileira, da produção artesanal, e também carência de políticas públicas para as rádios e TVs comunitárias, cineclubes entre outras. “A arte e a Educação precisam caminhar juntas. Tem muitas crianças que vivem em situação de completo desamparo e o único meio de contatá-las é através da arte”, conclui Marina, que é 2ª presidenciável que passa pela região. O primeiro foi o tucano Aécio Neves.