A Rua Turiaçu se tornou um campo de guerra na tarde de domingo, 8, resultado do confronto das torcidas do Corinthians (que entraria pela entrada da Turiaçu) e Palmeiras. A violência marcou o primeiro clássico no Allianz Parque. Durante a partida houve também conflito entre as torcidas alvinegras e também entre a Polícia Militar e torcedores do Palmeiras que tentavam atacar os rivais.
Tudo começou na chegada da torcida corintiana ao estádio, escoltada pela PM. Para conter as torcidas organizadas do Palmeiras, a PM lançou bombas de efeito moral e gás de pimenta, que atiravam de volta pedras, garrafas e até cadeiras. Os bares do entorno foram destruídos. Torcedores, entre eles famílias com crianças (que não tinham nada a ver com o conflito) ficaram assustados com a agressividade das organizadas que queriam quebrar o portão do estádio e ameaçavam invadir. “Foram paus, pedras, bombas, tiros, tropas militares confrontando com torcidas organizadas. Tudo havia sido previsto pela imprensa e pelos moradores”, afirma o morador da região Douglas Formaglio.
Para a presidente da Associação Amigos de Vila Pompeia, Maria Antonietta de Lima e Silva, o erro começou na gestão Kassab, que deu autorização para a construção de um estádio deste porte em um bairro que não tem vias adequadas para o trânsito de tanta gente. “Hoje, da maneira que está, este empreendimento particular só beneficia ao clube e a sua administradora e acaba com a vida da vizinhança nos dias de jogos”, finaliza Antonietta, ao ressaltar que durante o ocorrido os moradores não conseguiam sequer pensar em sair de casa.