Uma das idealizadoras da horta City Lapa e moradora da Rua João Tibiriçá, Neide Rigo acompanhou o inicio da reforma na calçada da área onde fica o canteiro de plantas e ervas aromáticas. Ela ofereceu café aos trabalhadores que removiam a calçada para construção do novo passeio, na quinta-feira (23).
Segundo Neide, o grupo de moradores da João Tibiriçá vai continuar cuidando das plantas, mas desistiu do termo de adoção da área (pública da horta), junto a Subprefeita Lapa. Ela conta que foi uma decisão do grupo. “A entrada no termo de adoção foi uma decisão apressada, sem comunicar o coletivo. O coletivo decidiu que não tem um responsável pela horta. Aqui vai mudando, eu a Ana, o Bruno, a Maria. Então não tem sentido eu ficar responsável por uma coisa que é do grupo. É uma colaboração voluntária e por isso a gente acha que não necessidade de burocratizar. Antes era um lugar degradado, tinha mato alto e todo tipo de entulho e trabalhos religiosos, hoje as pessoas vem conversar, vem colher flores. Nós estamos cuidando, só isso”, conclui Neide.
Guilherme Ranieri, Gestor Ambiental (USP), enviou uma carta por e-mail para redação do JG, em nome do Grupo de Estudos Acadêmicos em Agricultura Urbana, de apoio à permanência da Horta da City Lapa.
Já a moradora da Rua Tordesilhas, Lisette Fleury aplaude a iniciativa, mas é contra uma horta no local por se tratar de uma área pública aberta, exposta a poluição dos veículos e de todo tipo de animais. Em um comunicado distribuído na região, Lisette sugeriu a criação de um jardim pela subprefeitura, com apoio da comunidade, mas sem termo de cooperação.
A Subprefeitura Lapa confirmou a desistência do termo. O indeferimento foi publicado no Diário Oficial do dia 7 de abril. A área está disponível para novos interessados em adotá-la.