Termina o prazo para distribuição gratuita de sacolinhas

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Sacolas à vista e gratuitas na maioria dos boxes do tradicional Mercado da Lapa

A cobrança pelas sacolinhas plásticas ainda é polêmica nos estabelecimentos comerciais de São Paulo. Com o final do prazo estipulado entre a Associação Paulista de Supermercados (Apas) e a Fundação Procon de São Paulo para a distribuição gratuita de duas sacolinhas plásticas por consumidor, os próprios comerciantes agora é que decidem se vão cobrar ou não por cada unidade – os valores podem variar de 8 a 10 centavos. Alguns hipermercados e lojas de redes, como o Mambo e Zaffari, não estão cobrando pelo item. 

Em abril, a Prefeitura de São Paulo determinou que a costumeira sacolinha branca ou parda fosse substituída por uma outra feita com material mais resistente, porém, reciclável  e disponível em duas cores: a verde para acondicionar materiais reaproveitáveis – plástico, vidro e papel; e a cinza para resíduos orgânicos, lixo comum não reciclável, como restos de comida e papel higiênico, por exemplo.  

Nas redes de supermercados Futurama a cobrança tem sido feita – 10 centavos a unidade. Mas, segundo o gerente Antônio Ferreira, da loja da rua Catão, há uma conscientização crescente da população, que já traz de casa alguma sacola, como as ecobags, que são retornavéis. Quem vem  à loja de carro costuma aceitar as caixas de papelão, que são gratuitas. “Incentivamos o nosso cliente: quem traz sua sacola ou utiliza a caixa concorre a uma bicicleta, todo mês”, explicou.    O diretor de negócios dos Supermercados Mambo, André Nassar, diz que a rede preferiu absorver os custos e manter o cliente. “Havia insatisfação do consumidor ao ter de adquirir as sacolas. Preferimos manter o relacionamento”, afirmou o executivo. 

Maioria dos comerciantes não cobra no Mercado da Lapa

No Mercado da Lapa, a maioria dos comerciantes não cobrará pela sacola. “Não adianta a gente batalhar tanto para cativar o cliente e depois perdê-lo por essa cobrança”, avalia Francesco Aloise, dono de uma banca de frutas secas. Seu Chico, como é conhecido, que está há 59 anos no mesmo local, reclama porque a sacola é enorme para colocar determinadas mercadorias. “Uma coisa justa e de bom senso é que deveriam fabricar sacolas de diversos tamanhos”, salienta. Na Laticínios Iguape, as sacolas ficam bem à vista. A vendedora Renata Ribeiro explica que “os consumidores estão mais conscientes: eles conferem tudo, centavo por centavo, para saber se há cobrança”, diz.

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