O morador e membro da Associação Viva Leopoldina, Carlos Alexandre de Oliveira denuncia omissão de sua manifestação no relatório da sessão “Câmara no Seu bairro” realizado dia 11 de setembro pela Câmara Municipal, na Casa de Cultura Tendal da Lapa, denunciando a contaminação do terreno da antiga garagem de ônibus da CMTC – na Avenida Imperatriz Leopoldina, 928 (onde está prevista uma ZEIS – Zona Especial de Interesse Social para construção de moradias) e pedindo a transformação da area em uma Zona Especial de Proteção Ambiental (ZEPAM). “Estamos denunciando historicamente a contaminação por hidrocarbonetos (cancerígenos) deste local, a necessidade de reclassificá-lo como uma ZEPAM e, em contrapartida, a classificação como ZEIS do terreno da Vila Jaguara (“Movimento Contra o Lixão da Vila Jaguara”), o qual insistem em manter como uma estação de transbordo de lixo”, diz Oliveira.
Além de encaminhar a reclamação por e-mail a presidência do Legislativo Municipal, o representante da Viva Leopoldina fez uma peregrinação por gabinetes da Câmara Municipal na quinta-feira (22) para pedir apoio na correção do documento encaminhado pelo presidente da Câmara, vereador Antonio Donato (PT), ao prefeito Fernando Haddad e a Secretaria Municipal de Relações Governamentais para conhecimento e providências das reivindicações dos moradores dos distritos da Subprefeitura Lapa na 21ª sessão da “Câmara no Seu Bairro.” A presidência da Câmara foi questionada sobre a reclamação de Oliveira, mas até o fechamento desta edição não se manifestou. Segundo Oliveira, os assessores da presidência se comprometeram a corrigir o equívoco.
Cetesb informa que focos de contaminação são monitorados
Segundo informações da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que monitora a área que antigamente era ocupada pela CMTC (como garagem de ônibus) e atualmente é utilizada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), “a contaminação existente no local já foi investigada, tendo sido identificados três focos distintos e, no momento, encontram-se em remediação com três sistemas independentes instalados e em operação. A contaminação da área pode ter ocorrida por vazamentos em tanques de combustíveis (diesel utilizado pelos ônibus), pelas bombas de abastecimento ou tubulações enterradas, sendo a contaminação monitorada por meio da coleta de amostras do lençol freático, podendo-se verificar que tem havido redução nas concentrações do contaminante (Hidrocarbonetos Totais de Petróleo – TPH)”.