A participação social é muito positiva dentro de um governo, mas deve ser voltada para o interesse coletivo, levantando junto à população as principais necessidades da uma região para planejamento de ações e investimentos corretos. Essa é a ideia, mas a primeira reunião do Conselho Participativo Municipal da Subprefeitura Lapa começou com questionamento sobre a validade oficial do encontro pela conselheira Alexandra Swerts e ficou dividida. A conselheira alegou que a reunião (publicada no Diário Oficial da Cidade De São Paulo em 21 de janeiro) não foi confirmada para os eleitos, mas o subprefeito José Antonio Queija orientado pela Secretaria (de Relações Governamentais) realizou o encontro que teve a escolha do coordenador.
O clima tenso, com jeito de disputa política surpreendeu novatos eleitos. A plateia ficou (com 19 conselheiros -18 assinaram a lista) dividida para escolha ou não do coordenador. O assunto rendeu, mas a maioria optou por eleger Paulo Cesar Maluf (representante do distrito do Jaguaré) – único a se apresentar como candidato ao cargo de coordenador.
A escolha ainda provisória será discutida em nova reunião, também já marcada e pública no Diário Oficial, para o dia 25. Alexandra justificou que seu questionamento era para garantir a presença de todos no início dos trabalhos. A proposta é que o colegiado atue como um organismo autônomo da sociedade civil, reconhecido pela Prefeitura como instância de representação popular da Subprefeitura Lapa, não pessoal. Vale lembrar que o biênio está só começando.
A conselheira Margarida Helena Ferreira eleita pela Leopoldina pediu transparência no controle e divulgação das faltas dos conselheiros nas reuniões. “Quem atingir a quantidade de faltas, tem que ir embora”, disse. Ela tem razão, no mandato anterior alguns deixaram o cargo, jogando fora o voto do eleitor que apostou no mandato. É preciso analisar cada candidato para que, se eleito, corresponda ao compromissos e responsabilidades assumidas. Na gestão anterior, teve quem deixou o cargo em silêncio, mesmo com votação expressiva.
O clima de disputa ainda deve ficar mais quente, estamos em um ano eleitoral. Na posse dos conselheiros, em 25 de janeiro, o prefeito Haddad falou de sua expectativa com relação ao Conselho Participativo.“Enviamos para a Câmara um Projeto de Lei que vai exigir de todos nós, mas sobretudo de vocês, uma reflexão junto aos vereados”, disse o prefeito, se referindo à proposta para a eleição direta dos subprefeitos. Ele afirmou que os conselheiros devem levar o tema para debate junto às comunidades de seus bairros. Quem sabe, além de levar o assunto para debate, entre eles desponte candidatos para a vaga do subprefeito, mas, aqui vai um conselho, antes é preciso trabalhar.