Moradores criticam projeto de concessão de transporte

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Foto: Bárbara Dantine

Bárbara Dantine
Carlos Fernandes na apresentação do novo sistema de transporte coletivo

A Prefeitura Regional da Lapa recebeu na quarta-feira (6) uma apresentação da SPTrans sobre o sistema de transporte coletivo público de passageiros na cidade de São Paulo.
Com 14.457 ônibus e cerca de 9,5 milhões de passageiros transportados por dia, a última licitação do serviço de transporte foi realizada em 2003, e o último edital publicado em 2015. Entre 2017 e 2018 foram realizadas 38 audiências públicas e mais de 8500 questionamentos foram enviados pela população.

A apresentação do novo sistema foi feita por Antônio Carlos Moraes, assessor de relações comunitárias da SPTrans. Segundo Moraes, o novo projeto prevê a modernização da frota, melhor distribuição das linhas, maior cobertura da rede, mais eficiência, aumento da oferta de lugares, redução da emissão de poluentes e a remuneração ponderada por qualidade.

O edital prevê a concessão tanto da operação da frota de veículos como dos serviços complementares, com 31 lotes de serviços, em um prazo de 20 anos que poderá ser prorrogado por mais um ano, e não por mais 20 anos como havia sido divulgado na audiência pública realizada em junho de 2017 na prefeitura regional. A SPTrans afirma que a adaptação da nova rede será feita de forma lenta e gradual, sem retirada de nenhuma linha de ônibus nos primeiros 12 meses.

Moradores e representantes do Movimento Pompeia Sem Medo penduraram faixas e criticaram a previsão da extinção de linhas. Olívia Aroucha, assessora técnica da Diretoria de Transporte da SPTrans, afirma que o novo sistema irá melhorar a fluidez do transporte público. “A reestruturação busca salvar um sistema que está em colapso. Vai aumentar a regularidade dos ônibus e diminuir o tempo de espera”, diz.

Os presentes também criticaram o estabelecimento de uma taxa de retorno de 9,8% ao ano para a empresa que ganhar a licitação. Segundo a SPTrans o novo modelo aumentará a cobertura de transporte em quilômetros, mas reduzirá as linhas de 1339 para 1193. A região receberá mais uma discussão sobre o tema na próxima sexta-feira (15), às 19h, na sede da Assavi, na Rua Tonelero, 610.

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