Usina de Asfalto da Barra Funda tem atividades encerradas

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Foto: Leon Rodrigues

Leon Rodrigues
Usina de asfalto chegou a produzir 2 mil toneladas do material por dia

Bruno Covas retorna à região da Lapa após uma semana, quando visitou o CRAS da Rua Caio Graco. O prefeito esteve na Barra Funda na terça-feira (15) para o encerramento das atividades da Usina de Asfalto da Barra Funda, medida que atende a diversas reivindicações de preservação ambiental e reclamações dos moradores. Com o encerramento, a produção do material destinado à pavimentação será terceirizada.

A usina já estava trabalhando com produção reduzida por causa de um acordo firmado com o Ministério Público. “Essa usina chegou a produzir duas mil toneladas por dia e estava produzindo apenas 600. Já temos uma empresa contratada para produzir essas 600 toneladas por dia e teremos mais duas empresas para produzir o restante”, afirma Bruno Covas. A terceirização auxiliará com a redução de custos da operação, uma vez que eram utilizados 42 caminhões para levar o material para os locais da cidade onde eram realizadas as obras de tapa-buraco.

Moradores do entorno lutam há vários anos para a saída da usina do local. “A vizinhança não podia respirar, era muito poluído, fazia muito barulho, incomodava e ainda tinha uma creche ao lado, incomodava muito as crianças. Então nos reunimos, fizemos abaixo-assinado para tirar porque não tinha condição, por ser uma questão de saúde mesmo”, afirma Ana Paula Guedes, conselheira participativa municipal da Lapa, pelo distrito Barra Funda.

O prefeito foi acompanhado na visita pelos secretários de Subprefeituras, Alexandre Modonezi de Andrade, de Justiça, Rubens Rizek Junior, e do vereador Fábio Riva. “Com o fechamento está em andamento uma conversa com o Governo do Estado para uma PPP (parceria público-privada) de habitação, com 900 unidades naquele terreno que tem 8 mil ou 10 mil m², além de creche e equipamento de saúde”, afirma o parlamentar e completa que, antes do projeto, será feita a descontaminação do terreno.

A usina de asfalto foi fundada em 1951 e enfrentava problemas ambientais desde a década de 1990. Em 2011 passou a funcionar por meio de um de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Prefeitura e a 3ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da capital. Em 2016, com a publicação da Lei nº 16.402, o local passou a ser considerado Zona Mista, podendo comportar as atividades da usina. Apesar da realização de ajustes, os problemas ambientais persistiram, então a Prefeitura optou por encerrar as atividades no local.

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